Em Curitiba, banc rios promovem a‡äes educativas contra LER/Dort

(Curitiba) O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região promove nesta quarta-feira, dia 28 de fevereiro, às 8h45, evento de prevenção e combate as lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort). A atividade, realizada na área externa na sede Vila Hauer do banco HSBC, consiste em palestra informativa sobre as doenças ocupacionais, sua prevenção e tratamento, orientações práticas sobre alongamentos e ginástica laboral, além de uma peça teatral.

“As LER/Dort atualmente podem ser consideradas endêmicas em algumas atividades e categorias profissionais, como os bancários”, explica Maria Maeno, médica e pesquisadora da Fundacentro/SP. A categoria bancária é uma das que encabeça as estatísticas de trabalhadores lesionados. A maior incidência destas doenças é na faixa etária de 30 a 40 anos e o maior número de casos é registrado entre as mulheres.


“O bancário tem o direito de saber os riscos de doenças ocupacionais que podem acontecer ao longo dos anos de atividade profissional”, ressalta Ademir Vidolin, secretário de Saúde do Sindicato. “A busca incessante pelas metas e produtividade, acompanhada por controles e sistemas de avaliação, tem se transformado em uma tortura para os bancários. Com isso, a saúde, o lazer e o convívio familiar são deixados de lado. Nada importa, apenas o banco. Com o passar dos anos, o trabalhador vai se desgastando, permitindo o surgimento de doenças como LER/Dort, ou psicológicas como a síndrome do esgotamento profissional, também chamada de síndrome de burn-out”, ressalta.


“Antigamente o bancário vendia o trabalho e tinha uma remuneração. Hoje, o trabalhador não vende apenas sua força de trabalho, mas a sua saúde. A medida que ele busca a sua sobrevivência, ele adoece e no futuro ele gastará muito mais no tratamento e na recuperação da sua saúde”, alerta Ademir Vidolin.

 

"O que deixa o trabalhador doente é o banco. Os trabalhadores estão cientes disso, mas só buscam o Sindicato quando já estão com a corda no pescoço", conta Roseli Paschoal, assistente social do Sindicato dos Bancários de Curitiba. "Eles já esgotaram todos os recursos e não agüentam mais. A cultura do silêncio impera dentro dos bancos. Até porque a produtividade cai e os trabalhadores doentes estão mais suscetíveis a uma demissão”, ressalta.

 

Fonte: Seeb Curitiba

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram