Bancos pressionam, mas greve em Campina Grande e Região continua forte

A greve em Campina Grande continua forte, mas bancários que entraram no movimento na última quarta-feira, 8, principalmente dos bancos Itaú e Bradesco, estão recebendo pressões e ameaças das administrações das agências para que retornem imediatamente ao trabalho. Os gestores passam boa parte do dia ligando para os funcionários, fazendo pressão para que saiam do movimento grevista e voltem ao trabalho. Os algozes ameaçam os funcionários, deixando-os em pânico.

A postura desses bancos, principalmente do Bradesco, na pessoa do gestor Roberth Barbosa Estevão, caracteriza assédio moral e fere o direito de greve, garantido pela Constituição Federal, pois, a partir da decisão da categoria de aderir à grave, os patrões não poderiam mais manter contatos, por telefone, com empregados que estão em greve, caracterizando uma clara pressão, e conseqüentemente, o assédio moral.

O capacho da gerência regional do Bradesco transformou em verdadeiro inferno a vida dos funcionários da agência Borborema, pressionando-os constantemente e fazendo com que alguns permanecessem boa parte do dia dentro de um carro no estacionamento da unidade, esperando suas ordens, fato ocorrido no primeiro dia de greve. É uma prova da subserviência do administrador, que quer mostrar serviço ao patrão passando por cima do direito dos funcionários.

Outro fato lamentável no movimento grevista é o uso, por parte dos bancos, de interditos proibitórios. Trata-se de um instrumento judicial que visa assegurar a posse do patrimônio, mas que está sendo utilizado pelos gestores para pressionar funcionários a não continuarem na greve. O Código Penal veda a prática de constrangimento aos trabalhadores que queiram aderir a um movimento grevista aprovado em assembléia da categoria. Os interditos não são instrumento legal para impedir a realização de movimentos grevistas.

Apesar da forte pressão do Itaú e do Bradesco, a greve em Campina Grande e região continua a todo vapor. A postura de alguns gestores da rede privada somente tem aumentado a indignação dos bancários, que mostram-se firme na continuidade do movimento.

O bancário que sofreu ou sofrer qualquer tipo de ameaça ou constrangimento por parte do gestor para não aderir à greve, ou se ver forçado a trabalhar, deve fazer a denúncia ao Sindicato através dos telefones 8822-7051 ou 8822-7171. A identidade do denunciante será mantida no mais absoluto sigilo.

Para a manhã desta sexta-feira, dia 10, está programada uma manifestação em frente ao Banco do Brasil da Rua sete de setembro. O ato é em protesto a postura intransigente da direção do banco nas negociações, no exato momento em que a instituição completa duzentos anos, no domingo dia 12/10.

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