Campanha “Assim não dá” defende mais contratações de bancários
Não dá para bancários nem para os clientes. Os problemas nas agências bancárias têm se multiplicado e, por isso, o Sindicato dos Bancários da Bahia lançou, na última quinta-feira (3), a campanha Assim não dá, por melhores condições de trabalho nas unidades.
Ninguém aguenta mais tanto descaso. No ato, diretores do Sindicato percorreram, pela manhã, seis agências do Comércio para mobilizar e esclarecer a população o porquê das reivindicações.
Carregando placas como “Faltam bancários nas agências”, “Falta ar-condicionado”, e “Assim não dá”, os dirigentes sindicais foram aplaudidos pela clientela nas unidades.
A truculência dos bancos foi sentida apenas na agência da Caixa, que dificultou o acesso dos diretores do Sindicato e da equipe de reportagem. Para piorar, ao deixar entrar, a gerência fez com que os vigilantes revistassem os profissionais. Um absurdo que desrespeita e fere o direito à manifestação.
A culpa não é do bancário
Durante as atividades nas agências do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC e Itaú, os discursos dos diretores do Sindicato estavam afinados no que diz respeito à união entre empregados e clientes.
“O resultado da precarização dos serviços não é dos bancários e sim da falta de contratações”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos.
Para o diretor de comunicação da entidade, Adelmo Andrade, a demora no atendimento é culpa dos banqueiros. “Faltam funcionários para atender os correntistas”, diz.
Enquanto aconteciam as manifestações, cartazes, adesivos e exemplares do jornal O Bancário foram entregues aos clientes. Uma banda de sopro também ajudou a animar a mobilização.
Denúncias chegam durante manifestação
Denúncias do tipo “o sistema está caindo direto”, “esperamos sempre mais de 15 minutos”, “cliente estressado agrediu bancário ontem aqui” e “eu demoro mais ou menos duas horas para ser atendida” chegaram aos diretores do Sindicato, enquanto a manifestação por melhores condições de trabalho era realizada.
Na agência Caixa do Comércio, o elevador está quebrado há mais de dois anos, o ar-condicionado funciona com a capacidade mínima e a compra do galão de água está suspensa na unidade.
Além disso, os empregados são obrigados a compensar as horas extras e o sanitário para clientes está em eterna manutenção. Ou seja, um caos. O prejuízo é enorme para os trabalhadores, que enfrentam péssimas condições de trabalho. O Sindicato vai investigar mais a situação.