Os bancários de Londrina paralisaram nesta terça-feira (12) 15 agências do Itaú, fortalecendo a mobilização em defesa do emprego no Dia Nacional de Luta contra as demissões. As unidades permaneceram fechadas durante todo o dia.
Na base do Sindicato dos Bancários de Londrina, este ano já foram registradas 38 demissões, sendo 35 por iniciativa do banco e três de bancários que não aguentaram a pressão e resolveram se desligar.
Do total dos demitidos na base de Londrina, 17 eram homens e 21 mulheres. A maioria absoluta dos cortes foi concentrada em trabalhadores com mais de 20 anos de banco, atingindo também pessoas com mais de 45 anos de idade. Nesta faixa etária foram registradas 17 demissões.
A questão salarial também foi levada em conta pelo Itaú. Dos funcionários com remuneração de até R$ 2.500 apenas sete foram demitidos este ano, enquanto na faixa de R$ 2.501 a R$ 5.000 o número de desligamentos subiu para 18. Já as demissões com salários superiores a este patamar chegaram a 13.
“Não resta dúvida de que o Itaú está praticando rotatividade para melhorar seu índice de eficiência, com o objetivo de reduzir ainda mais os custos com a folha de pagamento. Não concordamos que uma instituição financeira, que vive batendo recordes de lucratividade todos os anos, mande pais e mães de família para o olho da rua apenas para ampliar seus ganhos”, critica Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato.
Segundo Wanderley, o Itaú obteve lucro líquido de R$ 3,4 bilhões nos três primeiros meses de 2012 e fechou 1.964 postos de trabalho neste período, chegando a 7.228 cortes nos últimos 12 meses.
“Participamos de reunião na semana passada com o banco, mas foram frustradas as reivindicações de garantia de emprego e suspensão do processo de cortes. Diante disso só nos resta combater a prática da rotatividade no banco, ampliando a mobilização nacional”, argumenta o dirigente sindical.
