Seguindo uma orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) atrasaram a abertura de diversas agências nesta quarta-feira (23).
O objetivo desta mobilização foi o de pressionar os banqueiros para a próxima rodada de negociação da campanha salarial 2015, que irá acontecer no próximo dia 25. Participaram do ato os sindicatos de Curitiba, Londrina, Campo Mourão, Arapoti, Cornélio Procópio, Apucarana, Umuarama, Paranavaí e Guarapuava. A maioria das agências fechadas foram do Itaú.
Na capital paranaense, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região fechou a agência do Itaú da Rua João Negrão, no Centro. Em Londrina, o Seeb Londrina paralisou as atividades de seis agências, sendo três do Itaú, uma do Santander, uma do Bradesco, e uma do HSBC. Em Campo Mourão, foram duas agências do Itaú. O Seeb Arapoti, a exemplo de Curitiba, fechou uma agência do Itaú. Em Cornélio Procópio, cinco agências só iriam abrir após as 12h. Em Apucarana, foram três Itaús e um Santander. O sindicato de Umuarama fechou três Itaús e o de Paranavaí dois.
Em Guarapuava, o sindicato realizou um ato, mas sem que alguma agência bancária ficasse fechada.
Assédio moral
A opção em fechar mais agências do Itaú está ligada a uma reclamação constante dos trabalhadores e trabalhadoras do banco: o assédio moral. De acordo com o dirigente sindical e representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Darci Saldanha, há muitas queixas sobre o tratamento dispensado aos bancários. “O Itaú está fazendo assédio moral, cobrando metas abusivas, demitindo com justa causa e, mesmo com um lucro exorbitante, faz uma distribuição mínima entre os trabalhadores. Isso tem que acabar. Só para ter uma ideia, o HSBC tem o triplo de bancários em comparação ao Itaú, mas o Itaú tem três vezes mais trabalhadores afastados por questões de saúde do que o HSBC”, revela.
