Os funcionários do BNB em Pernambuco participaram nesta quarta-feira, dia 18, de um ato em frente ao centro administrativo do banco, na Conde da Boa Vista, em Recife. A atividade foi parte do Dia Nacional de Protesto em Defesa do BNB e contra a Corrupção.
Em todo o país, os bancários organizaram manifestações para denunciar as irregularidades cometidas pela administração, cobrar mudanças e exigir o cumprimento da função social do banco, na passagem de seu 60º aniversário.
Em Pernambuco, os trabalhadores do centro administrativo pararam durante uma hora. Com bolo de bacia, velinha e “parabéns pra você”, o Sindicato lembrou a passagem dos 60 anos do banco, nesta quinta, 19.
“Queremos um banco público, que sirva à população – sobretudo de baixa renda; que ajude a desenvolver o Nordeste, dando crédito e condições para que os nordestinos sejam incluídos e o banco cumpra sua função social”, afirma a presidenta da Sindicato, Jaqueline Mello.
Ao mesmo tempo, os bancários exigiram a apuração das várias denúncias que envolvem o BNB e o afastamento imediato dos quatros diretores da gestão Roberto Smith que ainda permanecem ocupando cargos na direção do banco.
“Recentemente, a empresa distribuiu entre os funcionários um livro de ética. Mas os próprios administradores, do alto escalão, não estão cumprindo o que apregoam”, denuncia o funcionário Zanone Correia.
Escândalo
As denúncias envolvem operações fraudulentas no âmbito do mercado de capitais e com empresas dos ramos frigorífico e de energia em recuperação judicial. Empréstimos pré-aprovados, através de esquema de escritórios de elaboração de projetos, questionamentos sobre concursos para admissão de novos funcionários e a perda de milhões de reais em ações judiciais para terceirizados do Instituto Nordeste Cidadania são outras irregularidades que precisam ser apuradas.
O funcionário Fernando Batata, diretor do Sindicato, ressalta a importância dos funcionários se unirem. “As atividades não vão parar por aqui. Amanhã (quinta-feira), dia do aniversário do BNB, vestiremos preto para mostrar nossa indignação”, diz.
Opinião corroborada pela bancária Eliana Rangel, que afirma: “Se há coisas que estão prejudicando as pessoas e a sociedade, elas precisam vir à tona. E cabe a nós, funcionários, denunciar a cobrar mudanças”.