(São Paulo) A votação da Emenda 3 do projeto 6272/2005 estabeleceu restrições ao trabalho de fiscalização por parte do Ministério do Trabalho. A medida é considerada como retrocesso e até como um novo obstáculo ao combate ao trabalho escravo no país por sindicalistas e ativistas. Foram 304 votos a favor e 146 contra.
Confira a lista completa dos votantes na página da Câmara, para saber como se comportou o seu deputado.
Os parlamentares do PSDB e PFL presentes (60 e 57, respectivamente) foram todos favoráveis à emenda. Dos 77 do PT, 3 foram a favor e 73 contra. No PMDB, foram 65 “sim” e 12 “não”.
Descuido
Os deputados federais do PT José Eduardo Cardoso e José Genoíno (ambos do PT-SP) foram dois nomes que surpreenderam ao figurar entre os que votaram “Sim” à Emenda 3. Eles foram dois dos três petistas que seguiram a orientação do bloco PMDB-PT-PP-PR-PTB-PSC, favorável. A posição não impediu todos os outros 73 votantes do PT a serem contrários. O bloco governista liberou a opção.
Na hora da votação, na terça-feira (13), tanto Cardoso quanto Genoíno estavam envolvidos com a relatoria dos projetos de lei sobre segurança, votados na noite do dia seguinte. Avisados de que o prazo de votação estava se encerrando, os parlamentares foram ao plenário e, sem se inteirar da matéria, seguiram a orientação do bloco partidário, e votaram "Sim". As informações são da assessoria de imprensa de Cardoso.
Contatada na manhã desta quinta-feira, a assessoria se mostrou surpresa com a informação. Ao buscar uma posição, o parlamentar também teria tido a mesma reação e, só depois de conversar com colegas do partido na sessão desta quinta-feira, é que descobriu o problema.
O outro deputado petista que votou a favor, Assis Miguel Couto (PT-PR) foi contatado, mas não se manifestou até às 13h.
Fonte: Contraf-CUT