Entidades debatem Saúde Caixa para aposentados por PADVs

Objetivo é construir uma variável para ser apresentada à Caixa

Representantes da Fenae e da Federação Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Caixa Econômica Federal (Fenacef) debateram nesta segunda-feira (15) a extensão do Saúde Caixa aos empregados que se aposentaram por meio dos Programas de Demissão Voluntária (PADVs). Participaram da reunião, em Brasília (DF), Jair Pedro Ferreira, Fabiana Matheus e Olívio Gomes, da Fenae; Edgar Antonio Lima e Adeir José da Silva, da Fenacef; e Plínio Pavão, membro do GT Saúde.

Na primeira negociação da campanha salarial 2014, realizada no dia 21 de agosto, a empresa alegou que o atendimento da reivindicação é financeiramente inviável, mas que estava disposta a debater o assunto, caso surgisse uma alternativa a respeito do tema. “A luta é difícil. Por isso, as entidades e toda a categoria precisam estar mobilizadas”, afirmou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa/Contraf-CUT), Fabiana Matheus.

Para colaborar na construção dessa nova variável, as entidades convidaram para participar da discussão a atuária Marília Castro e os advogados Gláucia Alves da Costa e Paulo Roberto Alves da Silva, que prestam assessoria jurídica à Federação. Eles vão assessorar as entidades nas negociações com a Caixa.

A extensão do Saúde Caixa aos aposentados por PADVs é um dos itens da pauta específica da campanha salarial deste ano. “Já levamos o assunto para a mesa de negociação e pedimos informações adicionais sobre o estudo que a Caixa fez. Precisamos das hipóteses e premissas atuariais que embasaram o estudo da empresa”, destacou Fabiana Matheus.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, reforça que é preciso dar fim a mais esse entulho autoritário herdado do governo Fernando Henrique Cardoso, quando a Caixa estava sob ameaça de privatização. “Esse problema não ocorreu com os empregados que aderiram aos Programas de Apoio à Aposentadoria (PAAs), realizados no governo Lula e que tinham outro formato. Eles continuam com o plano de saúde, o que lhes garante tratamento digno e respeitoso”, explica.

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