Assembleia mobilizou os trabalhadores e 19 agências ficaram paralisadas
O Dia Nacional de Manifestações e Paralisações em Jundiaí contou com uma ação no calçadão da rua Barão de Jundiaí, organizada pelo Sindicato dos Bancários, com apoio da subsede e sindicatos ligados a CUT. Uma assembleia mobilizou os trabalhadores e 19 agências bancárias ficaram paralisadas durante a manhã desta sexta-feira (29). Houve distribuição de folhetos informativos e coleta de mais assinaturas para o abaixo-assinado que tem o objetivo de pressionar os senadores a votarem contra o PL da terceirização.
O anterior projeto de lei 4330 agora é o PLC 30, ou seja, projeto de lei complementar 30. “O projeto é nefasto para a classe trabalhadora e a sociedade. A terceirização fragmenta os trabalhadores, ocasionando menor poder de compra e rotatividade intensa. Só beneficia os grandes empresários. Tudo isso vai minando as forças dos trabalhadores, que ficam em uma posição submissa”, lembrou Douglas Yamagata, presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região.
Letícia Mariano, diretora do Sindicato, reforçou que a assembleia realizada é uma prova de que a categoria está pronta para esse embate contra a terceirização. “Essa mobilização foi muito importante e mostrou que os bancários estão envolvidos. A categoria está fortalecida e mobilizada contra a terceirização total”, comemorou.
Gerson Pereira, diretor do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e da Confederação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), reforçou que a prioridade neste momento é barrar o PLC 30. “Existem várias propostas de emendas, com as quais não concordamos e precisamos barrar como um todo”, disse.
O vereador e diretor do sindicato Paulo Malerba, também presente, convidou a categoria a continuar mobilizada. “É um projeto perigosíssimo e precisamos derrotá-lo, pois significa a precarização, com salários menores, jornadas de trabalho maiores e aumento no índice de acidentes de trabalho. Temos que impedir a aprovação”, clamou.
Participação
“Eu apoio o movimento, pois sei que os terceirizados exercem as mesmas funções dos contratados diretamente, porém ganham menos”, disse o trabalhador Adriano Cieto, ao participar do abaixo-assinado. “E nossa preocupação não é somente com o salário, mas também com a redução dos direitos trabalhistas”, completou Sandra da Cruz Pereira, também presente.
“A população precisa estar ciente do que isso representa, do quanto pode influenciar o futuro e a vida das famílias. Terceirizar é onerar o trabalhador. Qualquer medida que extirpe os direitos da classe trabalhadora é um retrocesso e precisa ser combatida”, disse o servidor público Lourival Porto Justa.
“É preciso olhar todas as conquistas já alcançadas neste governo. O Brasil parece não ter memória. Eu, por exemplo, fui muito bem atendida recentemente pelo SUS. Temos que reconhecer as coisas boas também”, comentou Maria Helena Ramos, moradora em Jundiaí.