Banco da Amazônia lucra R$ 78,6 milhões em 2011 e bancários cobram PLR

O Banco da Amazônia obteve lucro líquido no ano passado de R$ 78,6 milhões, 44,7% menor do que o registrado ante o mesmo período de 2010, R$ 142,2 milhões. O valor contribuiu para que o patrimônio líquido do banco não se alterasse, mantendo-se em R$ 1,2 bilhão e representou uma queda na rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do banco, de 7,5% para 4,1%.

“Vamos analisar os dados relativos aos repasses do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) para ver se de novo são operações mal feitas que impactaram negativamente o balanço do banco. Porque, apesar da greve, a carteira de crédito do banco cresceu tanto em volume quanto as receitas com as operações de crédito cresceram e por outro lado os provisionamentos para devedores duvidosos caíram pela metade”, avalia Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

“Mesmo que o lucro de 2011 seja a metade do apresentado em 2010, os bancários cumpriram sua parte e não é justo que sejam penalizados agora com o pagamento da 2ª parcela da PLR a menor”, aponta Miguel.

“Vamos pautar esse debate com o banco e cobrar, além dos devidos esclarecimentos, que seja cumprida integralmente a cláusula do pagamento da PLR”, adianta o dirigente sindical.

Número do balanço

As operações de crédito cresceram 27%, atingindo R$ 2,3 bilhões. A receita com estas operações cresceram 8,5%, chegando a um montante de R$ 306,8 milhões. Mesmo com o crescimento, a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi reduzida em 54,5%.

Confira aqui tabela com os principais dados.

Em relação aos indicadores do trabalho, o índice que mostra a relação entre a Receita de Prestação de Serviços somada a Renda de Tarifas Bancárias sobre as Despesas de Pessoal, demonstra que houve uma queda no período, ou seja, estas receitas somadas, que cobriam toda a despesa de pessoal com sobra de 43% em 2010, no ano de 2011 cobriu as despesas, com um excedente de 32%.

Isto se deve, especialmente pela queda de 2,6% no montante de receitas de prestação de serviço no período, acompanhado de um acréscimo nas despesas de pessoal de 5,6%. O quadro de funcionários, com 171 trabalhadores a mais, em 2011, apresentou um crescimento de apenas 5,9%.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram