(Rio) A cena do assassinato de um cliente, morto pelo vigilante, dentro de agência do Itaú no centro do Rio de Janeiro vai se repetir muitas vezes na memória dos bancários da unidade. Os bancários que estavam no outro andar apenas ouviram o tiro e a confusão que se seguiu, mas tiveram que encerrar suas tarefas sabendo que havia um cadáver na entrada da agência.
As conseqüências de um trauma podem ser sentidas apenas muito tempo depois. Se isto acontecer a algum dos empregados, haverá dificuldade em associar os transtornos ao ocorrido. Isto porque o banco não emitiu o CAT – Comunicado de Acidente de Trabalho – e, portanto, não há registro da ocorrência no INSS. Síndrome do Pânico e Síndrome do Estresse Pós-Traumático são duas das conseqüências que podem sofrer as pessoas que presenciam uma cena de violência, sobretudo em um ambiente em que passam boa parte do dia, como é o caso do local de trabalho.
Logo após o assassinato, o Sindicato do Rio enviou dirigentes sindicais, entre eles a diretora Adriana Nalesso, para amparar os bancários. Adriana foi investigar o que o banco estava fazendo para resguardar a saúde psíquica dos empregados. “As providências tomadas pelo banco foram mínimas: enviar uma assistente social para conversar com os funcionários”, informa Adriana. Nenhum médico ou psiquiatra foi designado para acompanhar as reações dos bancários.
Patrimônio humano
Quando acontece um assalto, o patrimônio da empresa não sofre alteração, já que tudo está protegido por seguro. A vida dos trabalhadores e clientes, ao contrário, está sempre exposta ao risco. O banco nunca se preocupa com a segurança das pessoas que estão em suas agências e responsabiliza empregados e terceirizados pela defesa de numerário e equipamentos.
“Até o final dos anos
Fonte: Feeb RJ/ES