Bancários denunciam ameaças de enfraquecimento e privatização
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira (16) um ato público em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal, na Avenida Almirante Barroso, no centro da cidade, em defesa dos bancos públicos e em repúdio às afirmações do possível ministro da Fazenda de Aécio Neves, caso o PSDB vença as eleições presidenciais, Armínio Fraga, que já deixou claro que reduzirá a quase nada a presença e o papel do Banco do Brasil e da Caixa no sistema financeiro nacional. “Não sei o que vai sobrar no final da linha. Talvez não muito”, disse, referindo-se às instituições públicas.
“Avançamos muito e temos muito ainda a conquistar. Mas estes avanços estão hoje ameaçados pelo projeto de privatização e terceirização do PSDB. Nós, bancários do BB e da Caixa, não queremos de volta a era do arrocho salarial, do reajuste zero e da entrega do patrimônio público. Aécio não é o novo na política, mas representa o que há de mais velho. Quem não se lembra do dia em que Fernando Henrique chegou até a chamar os aposentados de vagabundos”, disse o diretor do Sindicato, Paulo Matilleti.
O diretor do Sindicato e da CUT-RJ, Marcello Azevedo, criticou a proposta de Aécio baseada na “meritocracia” como forma de aumentar a produtividade dos funcionários públicos. “A meritocracia do Aécio o levou a ser empregado como diretor de loterias da Caixa pelo avô, Tancredo Neves, e pelo tio, Francisco Dorneles, durante o governo Sarney. Como governador de Minas contratou sem concurso primos, primas e tio. Esta é a meritocracia do Aécio”, disse.
A diretora executiva da Secretaria de Bancos Públicos, Luciana Vieira, ressaltou a dimensão unitária da luta contra os ataques aos bancos públicos.
“Os trabalhadores bancários reconheceram a importância desse momento em que se enfrentam dois projetos políticos opostos para o país. Ao citarem os tempos em que o PSDB atacava os bancos públicos, lembraram que é hora de combater esse projeto na urna”, disse.