Em BH, greve dos bancários cresce no segundo dia

Mostrando sua indignação diante das condições precárias de trabalho e da proposta rebaixada apresentada pela Fenaban, bancárias e bancários de BH e região fortaleceram a mobilização nesta quarta-feira (7), segundo dia de greve. Na base do Sindicato, foram paralisadas as atividades em 33% das unidades de trabalho, deixando claro o crescimento da adesão dos trabalhadores.

Mais uma vez, o Sindicato foi às ruas para protestar e cobrar uma proposta decente dos bancos. O ato desta quarta-feira, que contou com a apresentação de esquete teatral da Cia dos Aflitos, foi realizado em frente à Agência Centro do Banco do Brasil, na rua Rio de Janeiro, 750, no centro de Belo Horizonte.

Já na quinta (8), a concentração dos bancários será realizada a partir das 11h em frente à agência do Santander localizada na avenida Getúlio Vargas, 1245, na Savassi.

A proposta apresentada pela Fenaban no dia 25 de setembro, com reajuste de 5,5% e abono de R$ 2.500, foi considerada desrespeitosa e rejeitada pelos bancários em assembleia realizada na sede do Sindicato no dia 1º de outubro. Além de o reajuste proposto anular os ganhos da categoria em 2013 e 2014, já que está abaixo da inflação prevista, o abono não se integraria aos salários e seria pago uma só vez, com incidência de imposto de renda e INSS.

“Neste segundo dia, nossa greve se fortaleceu, com mais unidades de trabalho paralisadas e a adesão de mais trabalhadores que não aceitam as desculpas apresentadas pelos bancos para não atender nossas reivindicações. Os lucros bilionários só são possíveis através do trabalho árduo de bancárias e bancários, que sofrem diariamente com a falta de funcionários nas agências, as pressões pelo cumprimento de metas abusivas e o assédio moral. Exigimos reconhecimento e seguimos em luta contra a ganância dos banqueiros”, afirmou a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil.

Balanço
De acordo com balanço realizado pela Contraf-CUT, a greve teve um início forte em todo o Brasil. Nesta terça-feira, 6 de outubro, primeiro dia da greve, 6.251 agências de bancos públicos e privados, além dos centros administrativos, tiveram suas atividades paralisadas.

Reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2015
Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real).
PLR de 3 salários mais R$7.246,82.
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral.
Fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade, combate às terceirizações e pela ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos.
Pagamento de auxílio-educação para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de vigilantes nas unidades, portas de segurança na entrada do autoatendimento, biombos, abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades, com o fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional.

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