O Sindicato dos Bancários do Ceará promoveu um ato na quarta-feira (30) no Banco do Nordeste do Brasil (Agência Centro), juntando-se aos demais sindicatos no Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos. Mobilizou bancários e a população na defesa dessa instituição importante de fomento da economia e do bem estar social, especialmente do Nordeste. Houve também protesto contra o desmonte proposto pelo governo golpista Temer, não só nos bancos, mas em todas as empresas públicas.
“Nosso ato foi de protesto porque queremos a suspensão imediata da reestruturação que o BNB está fazendo, que não atende os interesses dos seus funcionários, nem aos interesses do Nordeste, nem da sociedade. A reestruturação vai acabar com comissões e levar à demissões. O recado do governo federal para o BNB é enxugar o quadro de pessoal e colocar terceirizados. Enfim, temos que reagir e rápido”, disse Tomaz de Aquino, coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB e diretor do Seeb/CE.
Os dirigentes sindicais ressaltaram que, como, a partir de novembro, a nova Lei Trabalhista começa a valer, as expectativas são de que os bancos, os patrões, vão poder fazer tudo contra os trabalhadores. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e os sindicatos já estão mobilizando audiências públicas em Assembleia Legislativas e Câmara Municipais, onde tem BNB em sua base, para levar o debate à sociedade.
Os dirigentes sindicais ressaltaram que é preciso ampliar a discussão, pois não podemos achar que vamos escapar das arbitrariedades do governo golpista Temer, que visa entregar os bancos públicos para iniciativa privada, assim como já anunciou que fará com a Eletrobrás e até mesmo a Casa da Moeda.
Segundo Túlio Menezes, diretor do Seeb/CE e empregado da Caixa, o que estão chamando de reestruturação é na verdade um desmonte de todos os bancos públicos. “O movimento sindical já vem alertando há tempos sobre essa ameaça aos bancos públicos, que são instrumentos importantes para alavancar a economia do país, especialmente no Nordeste. Infelizmente, o que vem acontecendo foi alertado por nós. Muitos acharam que o golpe do impeachement era para combater a corrupção, mas era para desmontar o Estado brasileiro e entregar nossas empresas estatais ao capital privado. O remédio é resistência e muita luta”, afirmou.
“Nós sabemos que estamos ameaçados. Precisamos reagir e reagir rapidamente. O sindicato está, junto com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), e a Contraf-CUT, fazendo resistência e os funcionários do BNB precisam estar juntos, buscando apoio da sociedade para manter o banco, o único capaz de levar recurso ao pequeno produtor familiar e microcrédito aos nordestinos”, finalizou Tomaz de Aquino.
As informações são do Seeb/CE.