Diretores eleitos da Previ falam sobre o superávit e a queda na bolsa

Superávit Previ: Segurança e mais benefícios

Colegas do Banco do Brasil,

No dia 19, terão continuidade as negociações para destinação da reserva especial da Previ.

Nos últimos anos, os associados nos escolheram para representá-los na gestão da Previ. Sempre procuramos administrar os recursos dos associados com a maior seriedade, buscando a melhor rentabilidade para o nosso patrimônio.

O resultado é compartilhado por todos: no Plano 1, um superávit de quase R$ 53 bilhões acumulado em 2007, o que nos permitiu negociar com o banco diversas melhorias de benefícios para transformar parte deste excedente em novos benefícios para os associados. Todos os dirigentes da Previ participaram deste processo.

Desde 2005, utilizamos mais de R$ 18 bilhões para tornar o Plano 1 mais seguro ou para melhorar benefícios. Suspensão de contribuições, redução da Parcela Previ, aumento do teto de benefícios, proporcionalidade da PP, renda certa, redução da taxa de juros atuariais, revisão da tábua de mortalidade. Ainda reduzimos os custos dos empréstimos simples e elevamos teto e prazo, melhoramos as condições da Capec e reabrimos os financiamentos imobiliários para os associados de ambos os planos.

Tudo isto foi feito para transformar o sucesso da Previ em ganhos efetivos para os associados. Sem descuidar, no entanto, da segurança do plano e da certeza de que teremos de pagar benefícios por até mais 70, 80 anos.

Nas duas últimas negociações do superávit, conseguimos melhorar benefícios sem utilizar todos os recursos disponíveis, mantendo reservas de contingência suficientes para enfrentar momentos difíceis, como o que estamos vivendo agora, com a queda das bolsas. No Brasil, um dos países menos afetados pela crise mundial, o valor das ações caiu quase 30% no ano. Mesmo assim a Previ continua superavitária, pois tivemos o cuidado de fazer reservas e gastar somente parte dos excedentes em melhorias para os associados. Isso nos permite aguardar a recuperação do mercado acionário para não realizar, neste momento de baixa, nenhum prejuízo.

Devemos preservar essa postura nas novas negociações do superávit em andamento. Principalmente neste momento, em que o comportamento do mercado acionário é incerto e seu impacto negativo nos ativos da Previ ainda é forte. Defendemos melhorias para os associados, utilizando somente parte do superávit acumulado, observando a situação atual de nosso patrimônio. Nossa prioridade é buscar melhorias que sejam universais e atendam a todo o pessoal da ativa, aposentados e pensionistas – reajuste com valor mínimo de R$ 500, contemplando atuais e futuros aposentados; aumento das pensões; revisão do teto para 100% da remuneração. Essas propostas foram apoiadas pelos associados no processo eleitoral que deu a vitória para a Chapa 3, da qual participamos ou apoiamos.

Os valores envolvidos nessas melhorias são significativos: um reajuste de 8% com mínimo de R$ 500 custa R$ 10,2 bilhões. O aumento das pensões para 80% dos benefícios de aposentadorias custa R$ 6,0 bilhões. O aumento do teto para 100% terá seu cálculo finalizado nos próximos dias. Não é possível, neste momento, contemplar todas estas demandas.

Queremos os maiores benefícios possíveis, mas precisamos ter a segurança de que a Previ vai honrá-los perenemente. Essa é a postura que sempre nos caracterizou: negociar melhorias concretas e palpáveis, incorporando novos benefícios de maneira responsável e gradativa. Outros levantam uma gama tão grande de pleitos, sem qualquer sustentação em números e cálculos, que o superávit da Previ não seria capaz de absorver – esta não é a postura que o associado espera de quem administra as suas reservas previdenciárias.

José Ricardo Sasseron, diretor de Seguridade da Previ
Francisco Ferreira Alexandre, diretor de Administração da Previ

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