O número de empregos formais gerados no país em outubro chegou a 126.143, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho. O resultado é 39,6% inferior ao total de vagas criadas em setembro, 209.087, na série sem ajustes.
Com os ajustes, ou seja, com as declarações de empregos atrasadas, foram gerados 227.038 postos de trabalho.
Em outubro, houve 1,66 milhão de admissões e 1,53 milhão de demissões. O total de postos de trabalho criados é 38,4% menor do que o resultado de outubro do ano passado, quando foram gerados 204.804 empregos com carteira assinada.
Entre os setores que mais geraram empregos estão serviços (77.201), comércio (60.878) e construção civil (10.298).
No acumulado do ano, o número de novos empregos está em 2,24 milhões. Segundo o governo, a meta para o ano é gerar 2,8 milhões vagas.
Avaliação
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que o número de novos empregos neste ano deverá ficar abaixo dos 2,4 milhões. A expectativa anterior era que fossem criadas 2,8 milhões de vagas. Segundo o ministro, essa reavaliação se deve à crise financeira internacional, que começa a afetar os empregos.
“É uma característica do mercado brasileiro setores de grande produção terem muitos contratos temporários e muita vinculação com previsões e análises macroeconômicas. Com isso, percebe-se claramente que setores como o comércio e a indústria já não contratam tanto preocupados com as encomendas que imaginavam que teriam e não terão”, disse.
Segundo ele, o mês de novembro deverá registrar um saldo de 70 mil ou 80 mil novos empregos, por não ser um mês de fortes contratações. Em outubro, foram criados 126.143 vagas e no acumulado do ano, 2,24 milhões.