Sindicato de Belo Horizonte reage contra manipulação da PLR pelo HSBC

Para demonstrar toda a indignação dos funcionários contra a manipulação da PLR e pressionar o HSBC a pagar uma Participação nos Lucros e Resultados justa, o Sindicato realizou, em 30 de outubro – Dia Nacional de Luta – uma manifestação em protesto à postura do banco. A manifestação aconteceu de 8 ás 10 horas em frente ao prédio da regional do banco, na avenida Afonso Pena, 4001,quando os bancários também demonstraram revolta contra a atitude do HSBC que pressionou seus funcionários para que não participassem do Dia de Luto também realizado no dia 30 de outubro quando todos compareceram de roupas pretas em protesto contra a atitude golpista do banco.

Para tentar impedir as manifestações de protesto, o banco realizou, no dia 29 de outubro, teleconferência em que pressionou os superintendentes e gerentes a intimidar os trabalhadores para vestirem roupas com as cores da bandeira ou do seu time de futebol, além de enfeitar as agências com balões verdes e amarelos. Mas apesar da pressão, as manifestações aconteceram com sucesso em todo o Brasil.

Assim que a Convenção coletiva foi assinada, em 19 de outubro, o HSBC enviou um comunicado aos funcionários anunciando os valores da PLR a serem pagos, mas de forma confusa, o documento esconde os valores reais que os bancários irão receber. A revolta dos funcionários começou quando o banco anunciou os valores rebaixados da PLR. Numa manobra administrativa, o banco inglês reduziu o lucro do semestre passado de R$ 2,1 bilhões para R$ 249,7 milhões. Essa maquiagem, garantida com o provisionamento de quase todo o lucro, derrubou a PLR em 26,22% na primeira parcela

Para os funcionários do HSBC e diretores do Sindicato, Geraldo Rodrigues e Giovanni Alexandrino, o banco mostra total descaso com seus funcionários ao tomar este tipo de atitude desrespeitosa. “Além da melhoria na PLR, os bancários exigem a valorização dos funcionários, mais contratações, fim do assédio moral e das metas abusivas”, ressaltaram.

O presidente do Sindicato, Cardoso, ressaltou que os bancários continuam mobilizados e exigem que o HSBC pague a PLR baseada no lucro de R$ 2,1 bilhões e não no balanço semestral, em que o banco subtraiu 90% dos ganhos. “Até porque outros bancos tiveram um lucro no primeiro semestre deste ano menor do que o do mesmo período de 2008, como é o caso da CAIXA, mas isso não impediu que a instituição valorizasse seus funcionários, pagando uma PLR maior que a do ano passado”, acrescentou.

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