Bancários cobram plano de segurança, com porta giratória e vigilantes
Os bancários decidiram manter a paralisação da agência Bigorrilho do Itaú, em Curitiba, que completou dois dias nesta terça-feira (8). A unidade foi inaugurada nesta semana na capital paranaense, dentro do novo modelo de agência de negócios do banco, que desrespeita a Lei Federal nº 7.102/83 e a Lei Municipal nº 8.397/94 ao retirar a porta eletrônica de segurança e os vigilantes, mas preserva os caixas eletrônicos e a fachada de banco, colocando em risco a vida de funcionários e clientes.
Nesta terça também foi realizada uma reunião entre o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e um representante de relações sindicais do Itaú. O banco reiterou que a implantação de agências de negócios sem vigilantes e sem a porta giratória é um projeto de expansão e que o Itaú não vai recuar.
Em resposta, os bancários também não recuaram e mantêm a agência fechada até que medidas de segurança sejam implantadas. “É pela segurança de funcionários e clientes que não vamos permitir que a agência abra”, afirma Carlos Copi, diretor do Sindicato.
Além de Copi, que é o representante do Paraná no Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, participaram da reunião com o banco o presidente da Fetec-CUT-PR, Elias Jordão, e os dirigentes sindicais Eustáquio Moreira e Junior Cesar Dias, funcionários do Itaú.
Entenda a manifestação
O Itaú inaugurou um novo modelo de agência de negócios em Curitiba, voltada para vendas de produtos bancários e que não tem porta de segurança e nem vigilantes. Apenas funcionários, clientes e caixas eletrônicos, expostos a todo tipo de insegurança.
O modelo foi testado em Londrina e lá já aconteceu o primeiro assalto. No dia 29 de janeiro, bandidos invadiram a agência de negócios do Itaú na cidade, aterrorizaram os funcionários e levaram todos os seus pertences.
No dia 27 de fevereiro, a Contraf-CUT se reuniu com representantes do Itaú e reivindicou que as agências de negócios tenham, obrigatoriamente, um plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, conforme estabelece a Lei Federal nº 7.102/83 e que determina a presença de vigilantes nos estabelecimentos bancários. O novo modelo também já foi denunciado pela Contraf-CUT ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal.
O Sindicato lembra que em Curitiba a Lei Municipal nº 8.397, de 14 de abril de 1994, determina que todas as agências bancárias devem equipar-se com portas de segurança. As portas giratórias devem ter trava eletrônica, detector de metais, vidros blindados e abertura para entrega de objetos.
No Estado já existem cinco agências de negócios do Itaú, sendo quatro no interior mais a Bigorrilho, a primeira a ser inaugurada na capital paranaense. O Sindicato não será conivente com o desrespeito do banco à vida de seus funcionários, clientes e usuários e continuará lutando pela segurança de todos.