As políticas contraditórias do HSBC que, ao mesmo tempo, demite funcionários, cobra as mais altas taxas do mercado e fornece péssimo atendimento aos clientes por conta da falta de pessoal motivaram um protesto promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo em frente à agência Masp na segunda feira 8.
A diretora do Sindicato, Liliane Fiuza, conta que a entidade tem recebido um número cada vez maior de denúncias de assédio moral nos últimos meses – principalmente em agências -, em decorrência da pressão pelo cumprimento de metas e por causa da falta de funcionários.
“O número reduzido de pessoal causado pelas demissões inviabiliza o cumprimento dessas metas impostas pela direção”, afirma Liliane. “E nos departamentos as mudanças de regras vêm causando insegurança nos bancários, pois ultimamente o banco tem mudado as regras, como as do plano de saúde, e isso acaba prejudicando os trabalhadores”, destaca.
O ato deu sequência a uma série de manifestações ocorridas nas últimas semanas denunciando as demissões, as alterações no plano de saúde e o assédio moral no HSBC. Apenas em uma semana de março, 40 funcionários foram demitidos na base do Sindicato (São Paulo, Osasco e região).
“Os clientes reclamam que o atendimento está cada vez pior. Por causa das demissões, muitas vezes são apenas dois caixas atendendo no horário de pico e, ao mesmo tempo, o banco cobra as tarifas mais caras do mercado, o que é um contrassenso. Enquanto essa política do HSBC continuar, o Sindicato vai protestar, até que haja mudança”, conclui Liliane.