Bancários de Recife paralisam agência do HSBC e exigem valorização

Os bancários do HSBC pararam na quarta-feira, dia 10, uma das principais agências do Recife. O protesto cobrou do banco inglês uma PLR justa e mais contratações, entre outros pontos. A agência Centro, localizada na avenida Conde da Boa Vista, um dos mais importantes corredores bancários da capital pernambucana, permaneceu fechada até o meio dia.

Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e diretor do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Alan Patrício, o objetivo da mobilização foi exigir a valorização dos funcionários do HSBC.

A atividade também reforçou as principais reivindicações dos trabalhadores, como o fim das demissões e a contratação de mais funcionários, além da luta pelo não desconto dos programas próprios de remuneração (PPR/PSV) na PLR.

“Nesta quinta-feira, dia 11, os bancários do HSBC vão receber a PLR e o PSV. E, para nossa surpresa, o valor que será pago é bem aquém do esperado. O banco provisionou três vezes o valor do seu lucro líquido do primeiro semestre a título de PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), reduzindo drasticamente o valor da parcela adicional da PLR. Nas nossas contas, cada bancário deveria receber R$ 1.380, mas o banco está pagando cerca de R$ 600”, apontou Alan.

“Além disso, temos outros problemas, como a onda de demissões que o banco vem promovendo, a falta de funcionários, o assédio moral, as metas abusivas. Por isso estamos organizando nacionalmente uma jornada de lutas pela valorização dos trabalhadores do HSBC”, explicou Alan, que também é empregado do banco.

Ainda segundo Alan, os trabalhadores do HSBC já conquistaram, no mês de maio, o não desconto do programa próprio de remuneração do banco na PLR. Porém, apenas para a área gerencial. “Nós temos ainda 15 mil trabalhadores regidos pelo PPRB, que é o programa de participação nos resultados da área de retaguarda. A empresa insiste em abater da segunda parcela da PLR, que será paga em fevereiro do ano que vem, os valores do PPRB. Então, o Sindicato de Pernambuco, juntamente com a Contraf-CUT e as demais entidades sindicais, estamos na luta e vamos pressionar até que o banco volte atrás e não desconte nenhum programa próprio da nossa PLR”, esclareceu Alan.

Também funcionário do HSBC, o diretor do Sindicato, Pedro Villa-Chan, fez um balanço positivo da mobilização. “Nossa avaliação é muito boa. Realizamos uma atividade bastante proveitosa. Conversamos com os colegas e explicamos os motivos da nossa paralisação. Conversamos sobre o pagamento da PLR e sobre a falta de funcionários nas agências do banco por todo o país. Os bancários entenderam a situação e participaram massivamente da atividade. Também conversamos com os clientes e entregamos a eles uma carta aberta falando da nossa paralisação e detalhando os motivos”, frisou o dirigente sindical.

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