Dia de Luta no Sudeste

São Paulo

Na capital de São Paulo, os bancários do Bradesco promoveram um ato na concentração da Santa Cecília onde trabalham cerca de três mil funcionários. “Distribuímos a carta aberta e conversamos com os bancários sobre a campanha. Fizemos um grande protesto e tivemos muitas sindicalizações durante o ato. Isto é muito importante para fortalecer o movimento sindical e ampliar nosso poder de pressão. Queremos resolver as questões na mesa de negociação, mas estamos dispostos a lutar caso não haja a mesma disposição por parte do Bradesco”, afirmou Neiva Maria, diretora do Sindicato de SP e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco. Assim como no maior banco privado, os bancários do maior banco público também protestaram no Banco do Brasil de São Paulo. “Fizemos reuniões em diversos locais de trabalho. Todos com quem mantivemos contato ficaram surpresos com as medidas do banco. O BB não avisou seus clientes do que estava fazendo, uma tremenda irresponsabilidade por parte da direção da empresa”, afirma o diretor do Sindicato, Cláudio Luiz de Souza.

O Dia Nacional de Luta no BB e no Bradesco também foi forte no interior do Estado. No ABC paulista, diretores do Sindicato promoveram atividades na regional do Bradesco em Santo André (agência Bernardino), com distribuição de carta aberta aos funcionários, clientes e população. A manifestação foi animada pelos músicos da Banda do Peru e teve boa receptividade da população. "Temos uma série de reivindicações e queremos estabelecer um processo de negociação e não somente de conversa", destacou o diretor Gheorge Vitti. "No último período, outros bancos avançaram nas negociações e o Bradesco, sendo o maior, tem plenas condições de atender às reivindicações do funcionalismo", completa Elson Siraque, diretor do Sindicato. Enquanto o protesto prosseguia em frente à regional, uma fila de pelo menos 20 pessoas aguardava dentro da agência para atendimento no balcão de serviços diversos. Outras oito esperavam para efetuar pagamentos nos caixas – e isso sem contar os que estavam do lado de fora, no auto-atendimento.

 

Em Barretos, o Sindicato realizou um ato em frente ao Bradesco e ao Banco do Brasil. Houve debates com os clientes dos dois bancos. Em Assis, Catanduva, Presidente Prudente e Jundiaí os sindicalistas distribuíram a carta aberta e fizeram panfletagem. Em Guarulhos, os bancários também fizeram uma pesquisa com os clientes.

 

Minas Gerais

O Sindicato dos Bancários de BH e Região paralisou, de 6h às 10h, as atividades da agência Pólo do Bradesco, na Capital. A manifestação teve como objetivo impedir a terceirização de um setor da agência com transferência dos funcionários. Pressionado, o banco decidiu negociar com o Sindicato, garantindo que não haverá demissões e que os funcionários continuarão trabalhando na agência Pólo. “Começamos bem uma grande campanha para forçar o Bradesco a atender as reivindicações do funcionalismo. Demonstramos força durante a paralisação no Pólo, conseguindo obrigar o banco a negociar e não demitir os funcionários”, afirmou Neemias Rodriges, bancário do Bradesco e diretor do Sindicato. A partir de 12 horas, foi realizada nova manifestação, desta vez em frente à Matriz, na rua da Bahia esquina com Goiás. Com o tema “Mais de 120 razões para respeitar o bancário”, o Sindicato criticou a intransigência do banco, que tem se recusado a negociar várias questões importantes para o funcionalismo. Para atrair a atenção dos bancários e da população, o Sindicato distribuiu cachorros-quentes e também entregou uma carta aberta, onde apresentava as reivindicações dos bancários aos clientes. O ato também contou com a apresentação teatral que alertou clientes e usuários das agências sobre os absurdos cometidos pelo banco. Segundo Carlos Augusto Vasconcelos (Mosca), bancário do Bradesco e diretor do Sindicato, o banco diz que há 120 razões para ser cliente completo, mas há muitas mais para o Bradesco negociar com os funcionários. “Mesmo com um lucro crescente, o banco fez cortes na PLR, demitiu bancários perto da aposentadoria e ainda quer terceirizar atividades-fim. Não há nenhuma justificativa para isso. Exigimos o fim das terceirizações e a solução para várias reivindicações dos funcionários, como o Plano de Carreira. O banco está muito longe de ser uma boa empresa para se trabalhar”, afirmou.

 

Espírito Santo

Os bancários capixabas se concentraram na agência do BB de Colatina, no norte do Espírito Santo. Uma faixa na cor preta foi colocada na entrada da agência em sinal de luto pelo pacote. Diretores do Sindicato também entregaram um panfleto aos clientes, denunciando as conseqüências das medidas para a população. No Bradesco, dentro da programação do Dia Nacional de Lutas dos bancários do Bradesco, o Sindicato promoveu manifestação na agência localizada no município de Colatina. No panfleto distribuído aos clientes, os bancários lembram que o Bradesco teve R$ 1,7 bilhão de lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, mas os ótimos números “foram garantidos à base da exploração de clientes e funcionários”. Os bancários também denunciam as doenças ocupacionais decorrentes do estressante ritmo de trabalho, da cobrança de metas abusivas e o assédio moral.

 

Rio de Janeiro

A diretoria do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes realizou manifestação em frente a principal agência do Bradesco na região. A manifestação durou toda a manhã, tendo sido distribuído para os clientes e usuários do Bradesco o Jornal do Cliente. Na ocasião foram usados ainda faixas e carro de som onde se fez denúncias sobre o descaso do Bradesco para com seus funcionários.

 

Em Niterói, o Sindicato fez paralisação de duas horas no Bradescão do Centro, com distribuição de carta aberta à população. Em reunião com o gerente regional, os sindicalistas Jorge Antônio e Héber Mathias conseguiram três importantes compromissos do banco: contratação de mais 30 funcionários para a região, reforma na agência Alcântara e empenho pela criação de duas novas agências (no Alcântara e no Colubandê).

 

Fonte: Federações e sindicatos

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