Os funcionários da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) realizaram na terça-feira, 16, o segundo ato exigindo da empresa a retomada das negociações. A atividade contou com grande participação dos empregados, que repudiaram a proposta absurda da empresa, que previa apenas metade do índice da inflação (INPC), sem pagamento da antecipação da PLR e sem garantias de que o plano de saúde não sofrerá alterações prejudiciais aos trabalhadores, devido às imposições feitas pela aplicação da resolução 23 da CGPAR (A Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União). A resolução estabelece uma série de imposições e parâmetros a serem seguidos pelas empresas estatais no tocante ao custeio dos benefícios de assistência à saúde de seus empregados, sempre em prejuízo aos direitos dos trabalhadores. A medida, além de ser injusta não oferece segurança jurídica para as estatais: os funcionários do Banco do Brasil já conseguiram uma liminar, na Justiça, banindo os efeitos desta norma.
Proposta rejeitada
A proposta patronal absurda foi rejeitada de imediato na mesa de negociação pelos representantes do funcionalismo, na reunião do dia 26 de setembro.
“Após rejeitar a proposta indecente na mesa, a Finep ficou de marcar uma nova rodada de negociação, o que não aconteceu até agora. Já passou da hora da de termos uma resposta. Por isso, os funcionários exigem respeito, continuam mobilizados e protestando contra a postura da direção da empresa”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Ronald Carvalhosa.
Carta cobra resposta
Durante a atividade, os funcionários fizeram uma aprovação simbólica da carta enviada pelo Seeb-Rio, pela AFIN (Associação dos Empregados da Finep) e demais representações do funcionalismo, direcionada à direção da empresa, cobrando a reabertura da negociação.
A Companhia de Emergência Teatral, dirigida pelo premiado ator Marco Hamellim, apresentou uma bem-humorada esquete que agradou a todos os participantes do protesto.
Foi realizada ainda, uma merecida homenagem a Paulo Roberto Faria Alves Assis, que faleceu após 43 anos de trabalho na empresa, no último dia 4 de outubro, e foi quem por mais tempo presidiu a associação dos empregados.