Gerente do Banpará é sequestrado e família vira refém em Viseu

Início de mês é sinônimo de pagamento do funcionalismo público em todo o Pará. Nesse período, as agências bancárias e a própria categoria no interior do Estado ficam ainda mais visadas pelas quadrilhas de assalto a banco.

A história acima não é ficção, é a realidade insegura que bancários, bancárias e suas famílias vivem diariamente. Na madrugada de quinta-feira, dia 1º de agosto, o gerente do Banpará em Viseu, nordeste do Pará, a esposa dele e a filha viveram horas de terror sob a mira de quatro bandidos armados.

Assim que amanheceu, o bancário foi levado pelos criminosos até a agência, enquanto outra parte do grupo levou a família dele para perto da divisa do Pará com o Maranhão. Na fuga, os bandidos levaram o dinheiro. Depois, a esposa e a filha do gerente foram libertadas.

“Recebemos essa notícia com revolta e indignação. Justamente no dia em que fechamos a Caixa em Parauapebas por falta de segurança, novas vítimas entram para as estatísticas. O que o Sindicato exige, assim como os bancários, clientes e usuários, é mais segurança dentro e fora das agências”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

“As consequências de violências desse tipo são inevitáveis e deixam marcas pra toda a vida. Os banqueiros precisam se preocupar mais com a segurança do que somente com os lucros, e o Governo do Estado precisa agir na segurança pública, afinal é de vidas que estamos tratando”, defende.

Até agora nenhum suspeito foi preso. A Polícia Civil já instaurou inquérito para investigar o caso e acredita que os criminosos são de outros estados.

A agência permanece fechada e o Sindicato acompanha a situação dos bancários e bancárias da agência assaltada.

“O Banpará tem que oferecer atendimento médico e psicológico para o gerente, a família dele e também para os demais funcionários da agência onde o roubo aconteceu, pois o clima entre eles é de medo e de insegurança, afinal quando essas quadrilhas chegam à cidade estudam a rotina de cada bancário. Continuamos exigindo que as chaves da agência e do cofre fiquem sob a responsabilidade de empresas de segurança especializadas”, afirma a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Odinéa Gonçalves.

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