(Recife) O Sindicato dos Bancários de Pernambuco recebeu várias queixas dos funcionários do ABN/Real. Os relatos sobre a cobrança de metas abusivas e de situações que podem configurar assédio moral também são narradas por bancários que procuram a entidade. Nesses casos, os empregados do banco não se identificam, por temor a perseguições. O diretor João Carlos entrou em contato com os gestores do banco para discutir a situação no estado.
A partir das denúncias sobre ameaças de demissões e acusações públicas de incompetência, o Sindicato entrou em contato com Jairo Magalhães, superintendente regional do ABN/Real e gestor local do programa ARTE – Ação, Resultado, Tenacidade e Excelência. O superintende regional declarou-se surpreso com as críticas e negou a situação de constrangimento nos locais de trabalho.
No dia 17/01, o dirigente João Carlos conversou com Jerônimo dos Anjos, gerente de relações sindicais do grupo ABN/Real, sobre as reclamações dos bancários pernambucanos. O gerente de relações sindicais do grupo ABN se comprometeu em averiguar a situação. Até o fechamento desta edição não ocorreu o novo contato.
O superintendente Jairo Magalhães afirmou que o projeto vem obtendo bons resultados no país. Para João Carlos, “o Sindicato está vigilante a situação. A nossa preocupação é com a pessoa, as metas inatingíveis e a forma de cobrança podem deixar seqüelas profissionais no bancário”, afirma. “O projeto está dando certo, mas o aumento da pressão sobre os funcionários pode prejudicar o próprio programa”, conclui.
Os bancários se queixam das cobranças oriundas do projeto ARTE. O referido programa consiste no acompanhamento das metas semanais com monitoramento diário, em reuniões sistemáticas. Segundo os funcionários, estas reuniões expõem os funcionários, nos encontros, as críticas há ameaças de demissões e a exposição de “possíveis” incompetências.
Fonte: Seec PE