FOLHA DE SÃO PAULO
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de perder da inflação por sucessivos anos, a poupança finalmente se tornou um investimento de retorno competitivo. Embora a caderneta também seja procurada pelos grandes investidores, nela os pequenos acabam encontrando uma das suas melhores opções para investimento.
Mesmo com a taxa básica de juros da economia, a Selic, em seu menor valor desde a estabilização da moeda, poucos fundos de investimento conservadores conseguem superar o rendimento da poupança. A taxa, determinada pelo Banco Central, está em 8,75% ao ano.
No Brasil dos juros baixos e das taxas de administração altas, a poupança virou um instrumento de diversificação de investimentos também para aqueles com perfil mais arrojado e acesso a fundos com taxas competitivas.
Nesse caso, a estratégia é deixar uma parte dos recursos na conservadora poupança, conseguindo, dessa maneira, “garantir” algum rendimento, e se arriscar com um percentual dos recursos disponíveis na Bolsa de Valores.
Prova de que esse caminho tem sido mais seguido é que, no ano passado, aumentou em 30% a participação na poupança de investidores com depósitos de mais de R$ 1 milhão, segundo o BC. O número de milionários da poupança saltou de 3.822 para 4.980, enquanto o volume de depósitos acima de R$ 1 milhão passou de R$ 14,9 bilhões para R$ 19,8 bilhões entre 2008 e 2009.