Bancários param Bradesco por descumprir lei de segurança em Rolante

Banco não instalou equipamentos de prevenção contra assaltos

Os bancários do Vale do Paranhana paralisaram nesta segunda-feira (11) a agência do Bradesco em Rolante, interior do Rio Grande do Sul. O atendimento foi interrompido pelo descumprimento da Lei Municipal nº 3248/2013, que prevê, dentre uma série de dispositivos de segurança, a instalação obrigatória de porta com detector de metais, divisórias opacas entre caixas e terminais, banheiros públicos e equipamento para emissão de senhas.

A atividade contou com a participação de dirigentes do Sindicato, da Fetrafi-RS e do Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga.

Apesar de a legislação estar em vigor desde 2013, o Bradesco ignora as suas determinações. O Sindicato já encaminhou cópias da lei à instituição em 08/08/2013 e 24/06/2014, exigindo o cumprimento da mesma, mas até agora o banco não tomou as medidas necessárias.

“O Bradesco, contrariando os indicadores de lucros astronômicos, confirmados e alardeados aos seus acionistas pelo próprio banco, não respeita a segurança e a vida dos seus próprios clientes, funcionários e comunidade”, destaca a diretora geral do Sindicato, Ana Maria Betim Furquim.

Durante a paralisação, os dirigentes sindicais cobraram dos secretários municipais José Alveri Alves Pedroso, de Administração, e Ricardo de Jesus Raimundo, da Indústria Comércio e Desenvolvimento, que o poder público se manifeste, exigindo o cumprimento da lei de segurança bancária, a fim de proteger a vida das pessoas de Rolante. Sensibilizados, os secretários comprometeram-se a resolver a situação o mais rápido possível.

O Sindicato também tentou dialogar com representantes do Bradesco, incluindo Júlio Martella, Gerente Regional, e a área de Relações Sindicais. Segundo os representantes do banco, as medidas de segurança serão implementadas na agência em um prazo de 30 dias.

“Essa ação sindical foi muito positiva. Graças à mobilização do Sindicato foi possível garantir o comprometimento do poder público e do banco para o efetivo cumprimento da legislação obrigatória”, explica o representante estadual do Coletivo Nacional de Segurança Bancária e diretor da Fetrafi-RS, Lúcio Paz.

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