A despeito da baixa lucratividade e do cenário de austeridade pregados pelo BNB, em Alagoas, argumentos usados em 2015 para não melhorar a PLR dos funcionários, a direção da empresa promove nos dias 18 e 19 um oneroso encontro dos seus administradores. O evento, que poderia ser realizado por videoconferência ou em prédio da empresa, poupando maiores gastos conforme se recomenda em cenário de crise, será no Hotel Vila Galé, em plena praia do Cumbuco – Ceará.
Somente com diárias o banco pagará R$ 985 por participante, valor maior que a primeira parcela da PLR paga aos empregados, que foi de R$ 600,00. São cerca de 500 gestores no encontro nacional, fora os convidados e palestrantes. Some-se a isso as despesas com passagem aérea e ressarcimento de gastos com taxi e transporte próprio. Fora outras rubricas que não temos como auferir.
Que o BNB precisa pensar e planejar sua gestão, não se discute. Mas esbanjar em um momento que prega a contenção de gastos, é incompreensível. Para valorizar seus trabalhadores, recompensando-os com uma PLR mais justa, o banco não tem dinheiro. Mas para garantir comodidade cara e cenário paradisíaco aos gestores, não faltam recursos. Cadê o DEST, que dificulta o atendimento de reivindicações do funcionalismo, que não fiscaliza e vê esse tipo de coisa?
O sentimento entre os funcionários do BNB é de revolta. E o Sindicato dos Bancários de Alagoas se alia ao conjunto dos trabalhadores para registrar também o seu protesto. Pagar a menor PLR do sistema financeiro e não poupar esforços para privilegiar os administradores, é ir de encontro a tudo o que o banco vem pregando.