Mobilização dos funcionários por avanços nas negociações do aditivo
Os bancários de Curitiba atrasaram nesta terça-feira (11) a abertura da agência do Santander da Avenida Marechal Deodoro, no centro da capital paranaense, em ato pelo Dia Nacional de Luta para que o banco atenda a pauta de reivindicações específicas dos funcionários, especialmente quanto às condições de trabalho.
“Queremos o fim das reuniões diárias, o fim da pressão pelo cumprimento de metas e a reposição imediata de funcionários. A expectativa é que o banco melhore as condições de trabalho apresentando avanços na proposta”, explica Denner Halama, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba. A próxima reunião com o Santander está agendada para quinta-feira (13), em São Paulo.
No interior do Paraná, ficaram fechadas agências do Santander em Cornélio Procópio, Londrina e Umuarama.
Aditivo
As negociações não avançaram após cinco rodadas. O Santander lucrou R$ 4,3 bilhões até setembro no Brasil, o que representa 20% do resultado global, igual à participação do Reino Unido. Em nenhum outro país o banco ganhou mais. A Espanha contribuiu com 14% do lucro. No entanto, os trabalhadores brasileiros não são valorizados, sendo tratados como se fossem de segunda classe. Isso é inaceitável.
Há falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço e assédio moral, causando estresse, adoecimentos, uso de remédio de tarja preta e afastamentos do trabalho. A pressão é insuportável, principalmente na rede de agências, provocando filas intermináveis. Não é à toa que o banco ocupa as primeiras posições do ranking de reclamações de clientes no Banco Central.
Enquanto isso, o Santander gasta milhões em propaganda como na Fórmula 1 e na Copa Libertadores. Cada diretor executivo ganha, em média, R$ 5,7 milhões em 2014, considerando salários, bônus e participação nos resultados, conforme foi aprovado na assembleia dos acionistas do banco em abril.
A agência do Santander em Curitiba foi reaberta ao meio dia.