(São Paulo) O Sindicato de São Paulo negociou com a direção do ABN Real a reintegração de uma bancária que havia sido demitida do banco mesmo estando doente. No histórico médico da funcionária há o diagnóstico de LER, assinado pelo médico do trabalho do banco. A doença é uma das que mais atingem a categoria, em razão das péssimas condições de trabalho a que os bancários são submetidos.
No período em que a lei dos 15 minutos vigorou em São Paulo, a bancária foi obrigada pelo gestor a trabalhar no caixa, apesar do próprio médico do banco ter orientado que ela ficasse fora dessa função. A bancária revelou que ficou com medo de ser demitida e que também pensou em ajudar a equipe quando foi para o caixa da agência. O banco não levou em consideração este fato quando a demitiu com a alegação de baixo desempenho.
"Os bancários devem ficar atentos aos seus direitos. A seriedade na condução dos exames periódicos é fundamental para diagnosticar doenças e ações preventivas. Além disso, o histórico médico é um documento capaz de assegurar os direitos dos trabalhadores. Quando o bancário fica doente por causa do banco, a empresa tem de oferecer todas as condições necessárias para que o funcionário se recupere e possa ser reabilitado para o trabalho", disse Gutemberg de Oliveira, diretor da Fetec-CUT/SP.
O dirigente Sindical também ressaltou que a situação na qual a bancária foi obrigada a ir para o caixa, só reforça as reivindicações da categoria, de que para reduzir as filas nos bancos e diminuir a pressão sobre os bancários é necessário contratar mais funcionários.
Fonte: Elisângela Cordeiro – Seeb SP