Trabalhadores cobram melhorias na segurança do banco
Bancários e vigilantes paralisaram na manhã desta quinta-feira (2) a agência do Itaú da Ceilândia Centro, no Distrito Federal, em protesto contra a falta de segurança no local. A agência só voltou a funcionar após representantes do banco receberem os dirigentes sindicais em reunião, em que assumiram o compromisso de instalar câmeras de segurança na unidade, consertar a porta giratória e garantir o retorno do efetivo de vigilantes.
“O Itaú teve de reconhecer as legítimas reivindicações dos trabalhadores. É obrigação do banco zelar pela segurança dos bancários, vigilantes, clientes e usuários”, ressalta Rodrigo Britto, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e da CUT-DF.
A agência tem quase dois anos de funcionamento e já foi roubada oito vezes. As últimas ocorrências aconteceram no início da semana, na madrugada da segunda-feira (30) e de quarta-feira (1º), quando ladrões levaram computadores e até as câmeras de segurança.
Os dirigentes sindicais também negociaram com banco a possibilidade de manter um vigilante no local para o período noturno e fins de semana. “Mais segurança é uma questão essencial para todos”, resumiu o vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes do DF, Paulo Quadros.
Apoio da população
Durante o protesto, os diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília também conversaram com a população sobre os altos lucros do Itaú e pediram apoio à luta da categoria por melhores condições de trabalho e por mais contratações, de forma a melhorar o atendimento, por exemplo.
“O banco lucrou R$ 14,62 bilhões em 2011 e precisa ter responsabilidade social na prática. Tem que contratar mais funcionários e garantir as mínimas condições de segurança”, afirma Washington Henrique, diretor do Sindicato dos Bancários.
O empresário Douglas Rodrigues apoiou a atividade. “Sou cliente do Itaú na agência da Ceilândia e vejo a insegurança. Acredito que devemos lutar para conseguirmos melhorias na segurança e no atendimento”, declarou.
Retaliação
Outro problema enfrentado pelos trabalhadores é a postura do banco de retaliação aos funcionários que denunciam a insegurança nas agências ou que são dirigentes sindicais. Durante a negociação desta quinta-feira, o banco retornou ao posto de trabalho dois funcionários que haviam sido transferidos sem justificativa.