Negociar em nível mundial um acordo marco global para abordar o impacto da globalização e a maneira como deve funcionar uma multinacional como o Grupo Santander. Esse é o objetivo do presidente da UNI Finanzas Global Union, Oliver Röthig, que enviou carta, no último dia 9, ao presidente do banco espanhol, Emilio Botín, solicitando a negociação de um acordo para regrar as relações de trabalho e a responsabilidade social do Santander na mesma linha dos acordos já existentes, firmados com o Comitê de Empresa Europeu do Grupo Santander.
“A UNI Finanzas é um sindicato global do setor financeiro, que representa 3 milhões de trabalhadores e à qual somos filiados”, explica a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. “A existência de um acordo global é fundamental para todos os trabalhadores onde o Santander está presente, pois significa compromisso com direitos fundamentais muitas vezes desrespeitados pela empresa”, afirma a dirigente.
Na carta, o presidente da UNI informa a Emilio Botín exatamente isso: que o acordo global a ser negociado deve tratar de elementos essenciais como o diálogo entre a direção da empresa e os sindicatos e o reconhecimento das normas fundamentais do trabalho. “Firmar um acordo global com a UNI colocaria o Santander na vanguarda das práticas modernas em matéria de recursos humanos e de responsabilidade social empresarial”, diz a carta, ressaltando que outras transnacionais já mantêm acordos desse tipo.