Os bancários da Caixa Econômica Federal nas cidades que compõem a base do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região começaram o ano de 2010 de luto. O protesto foi válido pelo Dia Nacional de Luta, mobilização que está ocorrendo em todo país para pressionar a direção do banco a implantar um novo Plano de Cargos Comissionados (PCC) digno, sem distorções nem injustiças.
Há vários dias a diretoria do Sindicato vem mobilizando os empregados da Caixa a vestirem o preto nesta terça-feira, 12, data dos 149 anos de fundação da empresa, como uma alternativa para se contrapor à intransigência da empresa, cuja proposta de Plano de Funções Gratificadas (PFG) não acaba com as injustiças, além de não prevê a descrição dos valores da tabela.
O PFG da Caixa pretende ainda reduzir os salários dos bancários com funções técnicas, ao adequar a jornada de oito para seis horas, antes da migração para a nova tabela. Outro ponto prejudicial aos empregados é que continua a discriminação contra os trabalhadores vinculados ao REG/Replan não-saldado ou ao antigo Plano de Cargos e Salários (PCS).
Para a implantação de um modelo de PCC digno, os empregados da Caixa reivindicam pontos como extinção do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), valorização das funções, jornada de seis horas sem redução salarial, fim das discriminações, critérios justos de nomeação e fim das destituições arbitrárias.
Novas mobilizações estão previstas para o ano de 2010, entre elas a luta pela isonomia entre os admitidos antes e depois de 1998.
A mobilização em Campina Grande chamou a atenção dos meios de comunicação e de toda população. Os bancários deixaram bem claro que é assim, de luto, que os empregados vão comemorar o aniversário da fundação da Caixa, cuja direção vem desrespeitando acordos e desvalorizando seus funcionários.
