Aumento da Selic vai frear crescimento e geração de empregos, diz Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) condena de forma veemente a decisão do Copom de aumentar outra vez nesta quarta-feira, dia 2, a taxa Selic em 0,5% neste início do governo Dilma Rousseff, elevando os juros básicos da economia brasileira para 11,75% ao ano – de longe a mais alta do planeta.

“A elevação da taxa Selic é nefasta para a economia do Brasil, pois inibirá o crescimento, a geração de mais empregos e o desenvolvimento econômico e social do país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Não há embasamento técnico que justifique esse aumento. A subida da inflação nos últimos meses, como mostram as pesquisas do Dieese, deve-se às majorações de preços de algumas commodities agrícolas, não havendo nenhum indício de que tenham sido provocadas pelo aumento da demanda.

Para a Contraf-CUT, outros ajustes setoriais não ortodoxos, a exemplo das medidas de enxugamento do crédito tomadas no final do ano passado pelo Banco Central, seriam suficientes para conter a inflação localizada, sem comprometer a economia como um todo.

“O Banco Central mais uma vez cedeu à chantagem do mercado financeiro, para favorecer a minoria privilegiada detentora de títulos públicos, principalmente os bancos que lucraram mais de R$ 43 bilhões em 2010”, salienta Carlos Cordeiro.

A majoração de 1% na taxa Selic imposta pelo Copom nos últimos 45 dias significa uma transferência de mais de R$ 15 bilhões de recursos dos cofres da União para os rentistas. Isso é mais que os R$ 13,4 bilhões do orçamento do Bolsa Família para todo o ano de 2011 e o equivalente ao programa Luz para Todos.

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