Em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (5), em Ji-Paraná, os funcionários das cooperativas de crédito do sistema Credisis aprovaram a proposta patronal de reajuste salarial de 5% e de reajuste de 17,65% nos tíquetes, além do 13º tíquete no mesmo valor. Como a inflação na data-base, em 1º de maio, foi de 1,76%, o acordo a ser assinado pelo Sindicato de Rondônia representa aumento real de 3,18% no salário e de 15,62% nos tíquetes.
Com isso, os tíquetes passam de R$ 850 para R$ 1.000,00 mensais.
A proposta inicial da pauta de reivindicações dos trabalhadores era o reajuste que contemplasse o índice de inflação do período mais um ganho real de 5%, e o valor dos tíquetes a R$ 1.200,00 mensais, considerando o forte crescimento e a alta lucratividade das cooperativas de crédito em todo o Estado.
O presidente do Seeb RO ,José Pinheiro, os diretores do sindicato funcionários de cooperativas, Antônio Tavares e Jonas Pinheiro (este também e o diretor da Regional Ariquemes), e o diretor da Regional Ji-Paraná, Irineu Almeida, explicaram aos trabalhadores que, após três rodadas de negociação, os representantes do Credisis afirmaram que esta era a proposta final por parte dos empregadores, e que não haveria mais como avançar nos índices.
Na primeira rodada de negociações o sistema apresentou a proposta de apenas 4% de reajuste salarial e de 7,5% nos tíquetes. No decorrer das negociações a proposta foi elevada para 5% de reajuste salarial e 14,94% nos tíquetes.
Com esse índice apresentado pelos patrões no mês passado, os tíquetes passariam de R$ 850 para R$ 977 ao mês. A proposta foi apresentada no dia 14 de junho para os trabalhadores e, na assembléia, com auditório cheio, ela foi recusada por unanimidade no mesmo dia.
O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) então requereu aos representantes patronais a reabertura de novas rodadas de negociação para que fosse possível chegar a índices mais justos para a categoria e ontem, em nova assembléia, a nova proposta foi enfim aprovada pela maioria dos trabalhadores.
“Enfrentamos mais uma difícil jornada nas negociações e, mesmo após a rejeição das propostas anteriores – que eles (os patrões) diziam ser a proposta final – ainda assim insistimos para que os índices fossem repensados, pois entendemos que o ramo das cooperativas de crédito tem sim condições de permitir reajustes mais justos para seus empregados e, após o reajuste dos tíquetes para R$ 1.000,00 mensais, enfim conseguimos a aprovação dos trabalhadores”, enfatiza José Pinheiro, presidente do sindicato.