Governo comemora lucro recorde de estatais

Os lucros das estatais Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil foram celebrados pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB), que utiliza os lucros recordes dos bancos como forma de maquiar todos problemas sociais que ocorreram devido às práticas adotadas pelas estatais, ocasionando no fechamento de diversas agências, demissões de funcionários, além do aumento considerável nas taxas e juros bancários.

As empresas públicas Eletrobrás e Petrobrás, juntamente com as estatais, BNDES, Banco do Brasil e CEF, somaram ao todo durante os doze meses do ano passado R$ 28,362 bilhões. Número que representa um aumento de 214% em relação ao ano anterior. Este número serve de maquiagem para Temer que insiste no discurso de superávit das estatais, desmentida pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), “Desde 2014, ano da Lava Jato, a Petrobrás vem tendo prejuízos. Ano passado tivemos R$ 400 milhões de prejuízo”, afirma José Maria Rangel, Diretor-Geral da FUP.

Especialistas consideram um perigo à economia brasileira os bancos públicos puxarem o lucro das estatais, visto que, estes lucros são resultados de enxugamentos de custos, além do aumento nos preços cobrados ao consumidor, e por fim, a drástica redução de verba em áreas que precisam de investimento, habitação e ampliação de crédito para micro e pequenas empresas.

“Lula e Dilma usavam as taxas menores dos bancos públicos para forçarem os particulares a baixarem o índice dos juros cobrados. No atual governo, o BNDES não tem utilizado taxas menores direcionadas para políticas como habitação, agricultura e setores da indústria. Os bancos também estão oferecendo menos crédito. Isso desativa um motor importante da economia”, avalia Marcelo Manzano, economista.

Em 2017, foi registrado o menor número de investimento em áreas que precisam de desenvolvimento desde o ano de 2000. Apenas 59% do que estava previsto para desenvolvimento foi executado, acionando R$ 50,4 bilhões, enquanto no início da década, apenas R$ 10 bilhões foram investidos, representando 68% do total destinado naquela oportunidade.

“Para o governo de Temer, não é estratégico manter a política de juros menores por parte das estatais, quando comparadas às privadas, pois a economia não consegue se recuperar”, explica o economista.

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