Manifestação em frente ao Call Center do Real no Rio
“Senhores clientes, devido à paralisação total dos bancários, nosso atendimento encontra-se indisponível.” Quem tentou ligar para o atendimento telefônico do Real (Disque Real) nesta quinta-feira dia 7 ouviu essa gravação.
“Faltou eles incluírem a informação de que a ‘paralisação total dos bancários’ se dá única e exclusivamente por culpa dos banqueiros”, disse a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa, que esteve nesta quinta nas manifestações que interromperam as atividades das concentrações SP1 e SP2, onde funciona o callcenter do Real. Também houve paralisação no callcenter do Rio.
“Não gostamos de prejudicar os clientes, mas a greve é a única saída que os banqueiros deixaram para a categoria. E a interrupção do serviço de teleatendimento mostra que a mobilização dos bancários está dando certo, está incomodando os banqueiros”, disse.
Coação
Segundo Rita, o Santander voltou nesta quinta-feira a usar todas as armas possíveis para coagir os bancários a furar a greve: presença da polícia, pressão de gestores pelo celular e advogados do banco portando interditos, que dão a ideia errada de que a greve seria ilegítima.
“Nada disso adiantou, e a maior parte dos quase 2 mil trabalhadores do local permaneceram firmes e não entraram para trabalhar. Os bancários do Santander estão mais uma vez de parabéns”, disse.
Pressão no Rio
Seguranças e policiais fortemente armados tentaram intimidar bancários em greve no Call-Center do Real (Rua Francisco Eugênio, 80, próximo a Francisco Bicalho). Há indícios de que os seguranças de empresa privada também são policiais militares do 4º Batalhão da PM.
A presença ostensiva da polícia criou um clima tenso entre os grevistas, que se sentiram ameaçados. O advogado do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Custódio, esteve no local e denunciou a presença ostensiva e a postura da polícia.