Aposentado é morto em assalto após saidinha de banco em Belo Horizonte

O engenheiro civil e ex-secretário de Obras de Uberaba, Osório Joaquim Guimarães Neto, 55 anos, foi executado, no início da tarde de sexta-feira (5), ao reagir a um assalto na Rua Andaluzita, Bairro Carmo, Zona Sul de Belo Horizonte, a poucos metros da Corregedoria das Polícias Civil e Militar.

Osório havia se mudado com a família para a capital há dois anos, quando passou a trabalhar na Construtora Integral. O engenheiro foi vítima do golpe conhecido como “saidinha de banco”, que apenas na sexta-feira fez pelo menos outras três vítimas em BH.

Osório havia acabado de sacar R$ 7.300 em uma agência bancária de Contagem, na Grande BH, e seguia para outro banco, próximo ao local do crime, para fazer o depósito do dinheiro. O valor correspondia ao primeiro pagamento pela aposentadoria da vítima.

Osório foi seguido por pelo menos 30 quilômetros. Testemunhas informaram que ele foi abordado por um homem armado que determinou a entrega do dinheiro, que estava num envelope, do celular e da chave de seu veículo, uma Pajero.

Um cúmplice do assaltante aguardava o desfecho do crime em uma motocicleta Honda Falcon vermelha. Ainda segundo testemunhas, Osório entrou em luta corporal com o bandido depois de ser baleado no braço. Durante o embate, foi atingido no peito, à queima-roupa. A Polícia Militar e o Samu levaram cerca de meia hora para chegar ao local.

Osório morreu na ambulância, antes de dar entrada no Hospital de Pronto Socorro João XXIII. O corpo será enterrado em Uberaba.

Depois do crime, os ladrões fugiram pela contramão e subiram a Avenida do Contorno, sem levar nada.Moradores do bairro afirmam que assaltos em plena luz do dia já se tornaram rotina na área.

A jornalista e escritora Adriana Agostini, 42, foi alvo de assaltantes duas vezes somente neste ano, também de dia. “Na primeira vez, fui abordada por um bandido com um canivete. Na segunda, por um grupo de pivetes, com garrafas quebradas”.

Já a dona da casa Malu Brito, 65, viu a filha se ajoelhar, sob a mira de um revólver, diante de dois assaltantes.

Crimes em sequência, em diferentes regiões

Na Savassi, o empresário Gilson de Souza Siqueira, de 44 anos, foi outra vítima da “saidinha de banco”. Ele havia sacado R$ 3 mil em uma agência na Avenida Brasil e foi assaltado na Rua Paraíba. Na Avenida Abraão Karan, no Bairro São Luiz (Pampulha), João Reinaldo da Rocha, 37 anos, foi abordado por um homem que estava em companhia de outro, também em uma moto. A dupla fugiu com R$ 6 mil.

A quarta ocorrência foi no Bairro Santa Efigênia (Leste), onde Luiz Henrique Carvalho Penna, 28 anos, foi lesado em R$ 2.500.

O chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cícero Nunes, informou que a polícia pouco pode fazer diante dos golpistas que preparam seus planos dentro dos bancos. “Repassamos as informações que levantamos ao Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), mas é importante que a população evite expor saques de grandes quantias em dinheiro”.

A PM encaminhou proposta de lei à Assembleia Legislativa prevendo alteração no leiaute das agências, de forma que os clientes tenham maior privacidade.

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