O processo de fusão das caixas de poupança espanholas para fazer frente à crise e cortar custos está “praticamente concluído”, segundo o Banco da Espanha, informando quem depois desta reforma, os bancos terão “posição sólida e solvente”.
“Com a aprovação, nesta terça, pelo Banco da Espanha, de quatro planos de integração, o mapa do processo de reestruturação das caixas de poupança na Espanha encontra-se praticamente concluído”, afirmou o banco central espanhol em um comunicado.
Esse processo consiste em “uma série de operações de integração autorizadas ou em fase de autorização que, no conjunto, representam maior reordenação do setor bancário espanhol na história recente”, afirmou a autoridade monetária.
As caixas de poupança são entidades vinculadas aos governos regionais espanhóis – apesar de não serem cotadas em bolsa – que liberaram empréstimos consideráveis às empresas construtoras durante o “boom” imobiliário espanhol, impulsionando sua expansão e crescimento, e que foram muito afetadas pela queda do setor, coincidindo com a crise financeira internacional.
O Banco da Espanha e o governo socialista espanhol estimularam as fusões no setor para diminuir custos. Das 45 caixas de poupança, 39 participaram de 12 processos de fusão.
As fusões envolvem a demissão de 15% dos trabalhadores das instituições e a redução de 20% de suas agências, segundo o banco central espanhol.
As quatro fusões aprovadas nesta terça-feira são as da Caixanova e Caixa Galicia, aprovada por ambas as entidades na segunda-feira, a de sete caixas lideradas pela Caja Madrid, as caixas CAM, Cajastur, Cantabria e Extremadura e a união de Caja Murcia, Penedés, Sa Nostra e Granada.