(São Paulo) A agência da Avenida Angélica do Banco do Brasil, em São Paulo, amanheceu paralisada nesta terça (22) por não suportar mais a pressão absurda e o assédio moral praticado há meses pela administração da dependência.
O Sindicato já vinha alertando tanto ao comitê da dependência quanto à Gepes (Gestão de Pessoas) de São Paulo que caso a agência não revisse seus métodos arbitrários tomaria as medidas para defender os funcionários da unidade.
“É inadmissível que uma empresa como o Banco do Brasil permita que seus gestores pratiquem o assédio moral como nós estamos denunciando e não faça nada. O Sindicato continuará ao lado dos bancários na luta contra esse mal”, afirma Ernesto Izume, diretor do Sindicato e funcionário do BB.
Na última negociação com o banco, os membros da Comissão de Empresa voltaram a apresentar denúncias por escrito de gestores que praticam o assédio moral e cobraram a postura do BB de não apurar e punir aqueles que o fazem.
“Ao não fazer nada, o banco premia àqueles que não têm um padrão ético e humano de gerenciamento”, diz William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e representante da Fetec-SP na Comissão de Empresa.
O negociador do banco alegou que essa prática é “parte da cultura autoritária da sociedade brasileira” e que estão combatendo o assédio moral. A Comissão de Empresa afirmou que tal “combate” não é suficiente, uma vez que as denúncias têm se avolumado e o BB não tem uma prática que, efetivamente, coíba as iniciativas de seus gestores.
“Penso que não resta alternativa a não ser a mobilização e a luta como ocorreu hoje em São Paulo. Se o BB não toma medidas, os sindicatos devem estar ao lado de seus representados com denúncias, manifestações, representações judiciais e com paralisação”, finaliza William Mendes.
Fonte: Contraf-CUT