(São Paulo) A Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro está apenas começando, mas os bancários já querem mostrar para os bancos sua disposição para brigar pelas reivindicações apresentadas na minuta.
Para isso, a categoria realiza nesta sexta-feira, 18, um Dia Nacional de Luta, com mobilizações e protestos em todo o país. Na próxima segunda-feira, o Comando Nacional e a Fenaban reúnem-se para a segunda rodada de negociação.
“Este Dia Nacional de Luta é importante para os bancários mostrarem aos patrões que estamos dispostos e unidos nesta Campanha. Apesar da saúde financeira dos bancos, nossa categoria sabe que nunca conquistamos nada de graça, tudo foi com muita luta. E as atividades desta sexta-feira marcam o início das mobilizações, pois as negociações já começaram e queremos seriedade dos bancos”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Confira no quadro, ao final da matéria, as principais reivindicações dos trabalhadores do ramo financeiro.
Campanha Unificada
Também nesta sexta-feira, a CUT vai realizar um ato público para lançar oficialmente sua Campanha Salarial Unificada dos Trabalhadores. O ato, que reunirá delegações de sindicatos filiados de diferentes regiões do país, será realizado a partir das 15h30 em frente à sede nacional da CUT, em São Paulo.
A Campanha Salarial Unificada dos Trabalhadores traz propostas e reivindicações que englobam todos os ramos de atividades e todas as categorias. É mais um passo em direção ao projeto de conquistar contratos coletivos nacionais por ramo. Essa campanha vai durar o tempo necessário para transformar as reivindicações em realidade.
A pauta será entregue às entidades patronais e aos governos federal, estaduais e municipais. A CUT também organizará mobilizações e manifestações públicas como instrumentos da campanha.
Veja as principais reivindicações da Campanha
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
Índice de reajuste
7,05% de aumento real, mais a inflação no período (1º/09/ 2005 a 31/08/2006)
Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
5% do lucro líquido linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500
Saúde e condições de trabalho
Fim do assédio moral
Fim das metas abusivas
Isonomia para todos
Mais segurança bancária
Defesa do emprego
Ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas
Ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho
Mais contratações
Respeito à jornada de seis horas
Piso da categoria
R$ 1.500 (valor atual R$ 839,93)
Auxílio-creche/babá
Um salário mínimo, R$ 350 (valor atual 165,34)
Cesta-alimentação
R$ 300 (valor atual 230,02)
Gratificação de caixa
R$ 500 (valor atual R$ 226,65)
13ª Cesta-alimentação
14º salário