Nova regra de imposto sobre grandes bancos gera divisões nos EUA

Financial Times
Stephanie Kirchgaessnerin e Justin Baer, de Washington e Nova York

Estão surgindo divisões entre os grandes bancos de investimento em torno da taxa imposta pela administração Obama sobre o setor bancário, com um lobby do setor prospectando mover uma ação mesmo enquanto algumas companhias isoladas recomendam cautela em razão da crescente repercussão política negativa.

A Associação do Setor de Valores Mobiliários e Mercados Financeiros (Sifma, na sigla em inglês) confirmou que contratou Carter Phillips, sócio gerente do escritório de advocacia Sidley Austin, para estudar formas de responder ao que chamou de “imposto muito direcionado e punitivo”.

Num sinal de que seus bancos membros talvez não possam suportar o tipo de desafio constitucional que um advogado como Phillips poderia organizar, porém, a Sifma declarou que seria “prematuro” discutir o tipo de atitude que poderá tomar.

O presidente Barack Obama alertou os bancos na semana passada para não confrontarem o novo imposto com uma “legião de lobistas”… ou um exército de advogados”. “Eu sugiro que vocês devam considerar simplesmente assumir as suas responsabilidades.” Alguns executivos de bancos podem estar interpretando Obama literalmente.

“O setor está numa certa desordem e suspeito que a Sifma se antecipou a alguns de seus principais membros”, disse um advogado familiarizado com a questão.

Executivos-chefes estão perguntando se uma vitória jurídica que concluísse que o imposto é inconstitucional compensaria a repercussão negativa. “Algumas pessoas estão sendo muito ponderadas a esse respeito. Eu sei que o J.P. Morgan está recomendando cautela”, disse o advogado.

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