(São Paulo) A atual diretoria da Nossa Caixa se negou, em reunião com a Executiva do Comando dos Funcionários e o Sindicato de São Paulo, a discutir questões financeiras que envolvem os funcionários.
“Eles não estão mais se responsabilizando pelo banco, dizem que não podem assinar cheques que outros terão que pagar. Isso é absolutamente inaceitável. Se o mandato vence no dia 31 de dezembro, eles não podem abandonar o barco à deriva antes desta data”, afirmou Raquel Kacelnikas, diretora do Sindicato de São Paulo.
Assédio moral
“As únicas atitudes ‘concretas’ anunciadas pela diretoria nos últimos encontros com o Sindicato foram algumas iniciativas inconsistentes contra o assédio moral, problema que arrasou os funcionários do banco durante os quatro anos durante os quais estes diretores estiveram à frente da Nossa Caixa e contra o qual eles nunca fizeram nada”, diz Raquel, que explica que a idéia da diretoria é fazer uma campanha “informativa” sobre o assédio, sem atitudes efetivas contra o problema.
“Eles querem transferir a responsabilidade para o assediador, como se não se tratasse de uma política do banco, como se não fosse um problema institucional. Trata-se de uma atitude oportunista e que em nada vai resolver esta grave questão”, diz Raquel.
Horas da greve
A dirigente sindical lembra ainda que, de acordo com a negociação assinada pela Fenaban, as horas paradas durante a greve deste ano não podem ser descontadas. E que, se não forem compensadas até o dia 31 de dezembro, devem ser automaticamente canceladas.
Mobilização
Segundo a diretora do Sindicato, na plenária realizada nesta quarta, dia 29, foram decididas diversas estratégias de ação e de mobilização para o final deste ano e para o decorrer de 2007 (produção de materiais impressos, atividades, etc.). “Não sabemos o que nos espera com a nova administração que está para assumir o estado e devemos nos preparar da melhor forma possível para esta nova fase”, afirma.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP