Gerente do Banpará e família viram reféns em tentativa de assalto ao banco

Uma quadrilha armada invadiu a casa de um gerente do Banpará (Banco do Estado do Pará) e fez a família dele refém, na madrugada desta quarta-feira (26). O bancário ficou aproximadamente seis horas sendo ameaçado pelos assaltantes, que pretendiam roubar todo o dinheiro que estava guardado no cofre da agência do Banpará de Icoaraci, onde o servidor trabalha. No entanto, a ação foi frustrada pela Polícia Civil e os reféns foram libertados. Ninguém foi preso.

O delegado André Costa, diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil, explicou que depois de descobrir que o gerente tinha sido sequestrado com a família, a equipe de policiais especializados aguardou a vítima fora do banco. Por volta das 9h, pouco antes de o banco abrir, o servidor chegou ao local.

A ordem da quadrilha era para que o bancário retirasse todo o dinheiro do cofre da agência – os criminosos esperavam que houvesse no local mais de R$ 1 milhão. “Quando ele chegou, entramos na agência e não permitimos que ele fizesse o pagamento. Lidamos com esse tipo de crime e já sabemos o modus operandi, que é sempre o mesmo. Ao perceber que a polícia tinha frustrado a ação, eles libertaram a família da vítima”, disse o delegado.

Para a Polícia Civil, pelo menos seis pessoas participaram da ação. O bando armado invadiu a casa das vítimas, localizada no conjunto Tapajós, por volta das 3h. Até as 5h, o bancário, a esposa e três filhos ficaram sob a mira de armas dentro de casa. Eles deixaram o local, vendados, às 5h. De lá, a família do bancário foi levada para um cativeiro que ainda não foi identificado pela polícia. Perto do horário de abertura da agência, o servidor chegou ao Banpará de Icoaraci.

No entanto, antes do amanhecer, vizinhos da família suspeitaram que havia algo errado e acionaram a polícia. A denúncia feita por eles foi fundamental para identificar o local de trabalho do bancário. Quando a polícia descobriu que a vítima ocupava o cargo de gerência, percebeu que poderia se tratar de um crime da modalidade conhecida como “sapatinho”.

Para André Costa, o bando que fez o ataque de ontem é especializado nesse tipo de crime. O funcionário do Banpará era tesoureiro, mas ocupava o cargo de gerência temporariamente, por conta da licença médica do servidor responsável pela função.

“É importante destacar que ao frustrar esse tipo de crime
, a polícia acaba coibindo esse tipo de prática”, afirma o delegado.
Logo após a chegada da polícia à agência, a esposa e os filhos do gerente foram libertados no bairro do Distrito Industrial, em Ananindeua. As vítimas prestaram depoimento na DRCO.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram