(São Paulo) Mais uma vez o Itaú deu mostras de que não reconhece seu maior patrimônio: os funcionários. Na rodada de negociação que aconteceu na manhã desta quinta-feira, dia 14, a direção do banco novamente negou aumentar o valor da Participação Complementar nos Resultados (PCR). À revelia da Contraf-CUT e de forma unilateral, o banco adiantou R$ 360 do valor para os bancários, mas não aceita a reivindicação de um pagamento maior.
“O Itaú agora é o maior banco privado do país e chegou a essa posição graças ao empenho e dedicação dos seus empregados. Não é justo que na hora de recompensar os bancários, fique chorando miséria e negue um benefício que não causará qualquer impacto em suas contas”, comenta Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do banco.
“A direção do Itaú não fechou totalmente as portas. Disseram que as negociações não estão suspensas, mas ao mesmo tempo não apontam com um valor que seja condizente à necessidade dos trabalhadores”, afirma André Luis Rodrigues, funcionário do Itaú e diretor do Sindicato de São Paulo.
Desde que a PCR foi negociada pela primeira vez, no início do ano, muita coisa mudou. “O banco hoje pode pagar muito mais. A realidade do Itaú é outra. Tornou-se o maior banco privado do país, avançou por outros países da América Latina e vem obtendo excelentes resultados nos exercícios de cultura de performance dentro do banco”, diz André.
A Contraf-CUT e os sindicatos vão insistir na continuidade das negociações para chegar a um valor de PCR, ainda para este Natal, que esteja de acordo com o que os bancários necessitam e têm direito.
Na quarta-feira, dia 13, os bancários do país inteiro realizaram atividades de protesto, em mais um Dia Nacional de Lutas no Itaú. As manifestações devem continuar em todo o Brasil, até que o banco reconheça o valor de seus funcionários.
Fonte: Cláudia Motta – Seeb SP, com edição da Contraf-CUT