(São Paulo) A luta para ampliar a atuação da Caixa Econômica Federal como banco público marcou os debates de abertura do 23º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), cujo ato foi realizado na tarde desta segunda-feira em seqüência à 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que acontece em São Paulo.
Pensar a Caixa como banco público, com atuação no mercado diferente de uma instituição financeira exclusivamente estatal, foi a tônica do painel “A Caixa e o desenvolvimento econômico e social do país”. A mesa dos trabalhos, coordenada por membros da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), contou com a presença de Ana Rosa Ribeiro de Mendonça (economista da Unicamp), de Jorge Fontes Hereda (vice-presidente de Governo) e de José Carlos Alonso (presidente da Fenae).
Os discursos dos palestrantes destacaram a importância da Caixa ter recuperado o papel de principal agente de políticas públicas. “A atuação social tem um custo muito elevado. De 2003 a 2007 as operações aumentaram, enquanto o número de empregados diminuiu. A Caixa deve aumentar suas atividades como banco público, mas precisa contratar mais gente e garantir condições adequadas de trabalho para todos os bancários”, defendeu José Alonso. Ana Rosa Mendonça, da Unicamp, ressaltou que a Caixa não pode ser avaliada apenas com base em sua rentabilidade, mas deve continuar atuando como branço financeiro do Estado em políticas macroeconômicas.
O vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, afirmou que a empresa se assume como banco público e atua de forma eficiente, sobretudo como regulador do mercado. Para exemplicar esse papel, Hereda lembrou do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e disse que essa iniciativa governamental vai transformar a Caixa no maior instrumento de políticas públicas do país”. No centro desse debate, segundo ele, está a eficiência ou não dos bancos públicos.
Uso da internet
Um abaixo-assinado de empregados de todo o estado de São Paulo foi entregue ao vice-presidente de Governo da Caixa e destina-se ao Conselho Diretor da empresa. O documento reivindica a revisão de recente medida administrativa cerceiando o acesso dos empregados à internet.
Fonte: Fenae