Um assalto ocorrido na agência do Banco do Brasil da Avenida Nazaré, zona sul da cidade de São Paulo, deixou o local fechado por quase uma semana. Um dos motivos, segundo dirigentes sindicais que estiveram no local, foi o roubo das armas dos vigilantes. Sem armamentos, a unidade teve de permanecer de portas fechadas.
O crime ocorreu na sexta, dia 26 de agosto, mas até quarta-feira, dia 31, a agência permaneceu fechada, reabrindo apenas no dia 1º de setembro. A ação violenta começou por volta das 11h, quando quatro bandidos renderam um vigilante armado na sala de auto-atendimento e entraram na agência, rendendo clientes e 26 funcionários.
“Eram ladrões ‘pés de chinelo’, daqueles que agem violentamente, com xingamentos, armas nos rostos e puxões de cabelo. Conseguiram entrar facilmente na agência, o que demonstra a fragilidade na segurança e o descaso do banco com seus funcionários”, relata a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Tânia Teixeira Balbino.
De acordo com a dirigente, uma funcionária “afirmou preferir que fossem assaltantes ‘profissionais’, que normalmente não agem com violência. Isso exemplifica bem a situação vivida pelos bancários”.
O Sindicato esteve no local e exigiu a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os trabalhadores, o que foi feito. “Já não basta a violência praticada pelos banqueiros todos os dias com assédio moral e pressão por metas abusivas, agora temos de nos acostumar com os assaltos freqüentes?”, lamenta a dirigente.