A presidenta Dilma Rousseff ressaltou nesta quarta-feira (27) que a criação do banco do Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul) vai colaborar para o desenvolvimento da região e dos países emergentes. Ela discursou duas vezes nesta quarta-feira, na 5ª Cúpula do Brics , em Durban, na África do Sul. Segundo Dilma, o banco é um esforço para instituir mecanismos mútuos de apoio.
“É um banco talhado para as nossas necessidades. Temos de estreitar laços e criar mecanismos de apoio mútuos”, destacou a presidenta. “É um mecanismo de estabilidade que pode criar linhas recíprocas de crédito, fortalecendo a solidez do mercado internacional.”
A instituição bancária terá os mesmos moldes do Banco Mundial (Bird). Cada país que integra o Brics deverá destinar US$ 10 bilhões para formar o capital inicial do banco, que deverá chegar a US$ 50 bilhões. O banco centrará as ações no financiamento de infraestrutura e atuará em concorrência direta com o Bird.
A ideia é que a nova instituição bancária seja uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Dilma destacou também a importância de manter uma posição de otimismo, mesmo diante das dificuldades causadas pela crise econômica internacional, que atinge principalmente os 17 países da zona do euro.
“Devemos ter o otimismo e o dinamismo, reiterar a confiança e manter uma atitude contra o pessimismo e a inércia que atingem outras regiões. Vamos responder a essa crise com vigor”, disse a presidenta que também elogiou a criação de um fundo para ajudar os países emergentes.
A proposta é criar um fundo, estimado em US$ 100 bilhões, para ajudar países emergentes com problemas financeiros.