O Conselho de Administração do Banesprev reuniu-se extraordinariamente na segunda-feira, dia 23 de agosto, em São Paulo, para apreciar o estudo da empresa de consultoria Riskoffice sobre a qualidade dos investimentos e a projeção dos resultados do Plano II.
A contratação da consultoria foi solicitada quando da apresentação do estudo atuarial do plano, em abril, na preparação para a assembleia anual de prestação de contas, quando foi verificado a permanência do déficit no plano.
O objetivo era medir a qualidade dos investimentos e – como havia um estudo recente, mas anterior a crise financeira global de 2008, que apontava para o equilíbrio no futuro – verificar, ainda, se os números atualizados mantinham as primeiras previsões.
Em palavras do mercado financeiro, a ALM – estratégias de investimentos que permitem redução dos riscos envolvidos, bem como a melhor forma de obter resultados necessários para fazer frente aos passivos assumidos-pagamento de benefícios.
Para o conselheiro suplente do Banesprev e presidente da Afubesp, Paulo Salvador, confirmou-se mais uma vez o que há anos é verificado nesse plano: a boa gestão dos recursos. A consultoria apresentou também cenários onde seriam realocados os ativos, seja em renda variável ou fixa, e como se comportariam no tempo. Confirmando expectativas anteriores, só por volta de 2019, o plano II estaria completamente quitado.
Na oportunidade, Paulo Salvador solicitou ao Conselho que fosse consolidado em um relatório os principais dados do estudo atuarial, do déficit apresentado e as principais conclusões da ALM, o que foi aprovado e que deverá ser apresentada na reunião ordinária, de 29 de setembro.
A necessidade de nova assembleia em dezembro continua pendente e a Afubesp continuará com suas reuniões de esclarecimentos em várias regiões do país.
É importante reiterar que não há problemas de caixa no momento e que o déficit é atuarial, ou seja, apenas no longo prazo seria sentido. Porém, há uma resolução que exige o imediato equacionamento do mesmo por parte dos participantes e patrocinador, o que pode elevar custos para os ativos e até reduzir benefícios para os aposentados.