Atendendo ao chamado do Comando Nacional, nessa sexta-feira (18), dia de negociações específicas com Banco do Brasil, Caixa e Banpará, a categoria bancária do Pará ocupou as ruas de Belém nesse Dia Nacional de Lutas no Banco do Brasil, Caixa e Banpará, para denunciar a intransigência dos banqueiros nas mesas de negociação e reivindicar a garantia de melhores salários e melhores condições de trabalho. A manifestação percorreu a Avenida Presidente Vargas em um ato unificado com os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, que estão em greve no Pará.
Após a última rodada de negociações com a Fenaban no dia 16, o Comando Nacional dos Bancários e Bancárias orientou a categoria a intensificar as mobilizações para pressionar os bancos a apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria nesta Campanha Nacional.
“Até o momento já tivemos diversas rodas de negociações com a Fenaban, e específicas com bancos públicos, mas sem avanços em nenhuma delas. E o pior é ouvir dos bancos que eles têm dificuldades em atenderem nossas demandas por conta da crise econômica. Essa desculpa é inaceitável, pois os bancos não sabem o que é crise, só conhecem lucros, e eles lucram, e muito, com a exploração da mão de obra bancária. Por isso, vamos intensificar nossa luta, fortalecer a aliança de classe como nesse ato em conjunto com os Correios, conquistar o apoio da população, para juntos derrotarmos a ganância dos banqueiros e garantirmos avanços em nossos direitos”, argumenta a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.
Caixa – A primeira parada do ato foi em frente à agência Ver-O-Peso da Caixa Econômica, momento em que os trabalhadores reivindicaram mais contratações no banco, tema principal da rodada específica de hoje com a Caixa. Concursados aprovados para o Pólo Castanhal participaram da manifestação para fortalecer a luta.
“Vivemos um momento muito complicado hoje na Caixa, com sobrecarga excessiva de trabalho devido a falta de pessoal, que foi agravada este ano com a saída de mais de 3 mil trabalhadores através do PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria). Queremos melhores condições de trabalho e melhor atendimento aos clientes e usuários da Caixa, e para isso é imprescindível a contratação de mais empregados e empregadas para o banco”, destaca a diretora do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.
“A déficit no quadro de pessoal da Caixa tem feito com que os empregados do banco extrapolem constantemente suas jornadas de trabalho devido ao acumulo de tarefas, e além disso, as más condições de trabalho devido a logística precária de muitas unidades e a insegurança, têm contribuído para muitos afastamentos por adoecimentos adquiridos no trabalho. Precisamos mudar esse quadro, e a contratação de mais bancários e bancários para a Caixa é prioridade da nossa Campanha Nacional”, pontua o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Heider Alberto.
Banco do Brasil – Após as intervenções em frente à Caixa, a manifestação se concentrou em frente à Superintendência Regional do Banco do Brasil, onde a categoria bancária também cobrou responsabilidade e compromisso do banco com a melhoria dos salários e das condições de trabalho do funcionalismo do BB. Hoje, inclusive, a quinta rodada específica com o banco será sobre Carreira e Remuneração.
“O Banco do Brasil teve no ano passado a segunda maior margem de lucro dentre todas as instituições financeiras que atuam no país. Por outro lado, o banco não tem valorizado seu funcionalismo. Ao contrário, tem adotado a política de imposição de metas absurdas e do assédio constante aos seus funcionários. Não admitimos que o maior banco público do país tenha essa conduta, queremos sim que o Banco do Brasil respeite e valorize seus bancários e bancárias, assim como seus clientes e usuários”, afirma o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Gilmar Santos.
Banpará – Outra manifestação bancária durante o ato foi em frente à matriz do Banpará, onde o Sindicato dos Bancários, Contraf-CUT, Fetec-CUT Centro Norte e CUT Pará, reuniam com o banco na segunda rodada específica de negociações na Campanha Nacional 2015. A categoria também cobrou o atendimento de suas reivindicações pelo Banco do Estado.
“O Banpará, assim como os demais bancos, também adotou a linha de intransigência e de não ceder às reivindicações da categoria bancária. É por isso que o Comando Nacional orienta, tanto ao funcionalismo do Banpará, como a toda categoria, para fortalecermos nossa unidade, intensificarmos as nossas mobilizações, pois somente com muita luta e organização é que sairemos vitoriosos dessa Campanha Nacional”, ressalta o vice-presidente da Fetec-CN, Sérgio Trindade.