(São Paulo) Cerca de 1 milhão de trabalhadores se reuniram no cruzamento da Avenida São João com a Ipiranga, na região central de São Paulo, para a festa de 1º de Maio da CUT. O evento começou ao 12h dia e estendeu-se por toda a tarde. Além de shows e lazer, um ato político levou ao Brasil todo o protesto dos trabalhadores contra a Emenda 3 e a perda de direitos trabalhistas.
A festa começou com show de Zé Geraldo e teve ainda Leci Brandão, Bruno & Marrone, Chico César, Negra Li, César Menotti & Fabiano, entre outros. O encerramento ficou por conta de Zeca Pagodinho.
O tema do evento foi “Desenvolvimento econômico com distribuição de renda, valorização do trabalho e defesa do meio ambiente”. Às 17h30um ato político reuniu representantes da CUT, do MR8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro) e parlamentares do PT e do PC do B, que se reuniram no palco para ressaltar a conquista da participação no governo Lula e fortalecer o combate às reformas trabalhistas e da previdência.
O presidente da CUT, Artur Henrique, cobrou do governo compromisso com o desenvolvimento sustentável e com distribuição de renda. “O crescimento a qualquer custo não interessa aos trabalhadores”, disse. Além disso, pediu “uma grande vaia” ao governador de São Paulo José Serra por ter demitido cinco metroviários após paralisação contra a Emenda 3.
O presidente da CUT-SP Edílson de Paula reforçou a necessidade da população rejeitar uma agenda negativa para o país. “Não podemos aceitar propostas que tirem direitos dos trabalhadores, mas também temos que olhar para dentro do nosso Estado, onde o governo do PSDB promove a precarização de setores como saúde e educação”, apontou.
Para o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, o ato foi vitorioso. “Reunimos uma grande quantidade de trabalhadores, principalmente jovens, o que nos deixa felizes”, comemora. “Conseguimos, além de proporcionar um dia de lazer para o trabalhador e sua família, levar a mensagem de protesto que a CUT sempre levou. Fizemos a discussão sobre a Emenda 3 e a retirada de direitos do trabalhador”, sustenta.
Fonte: Contraf-CUT, com CUT